Banheiro emergencial brasileiro atende atingidos por desastre
O Apis é um projeto de banheiro emergencial autônomo para atendimentos após desastres naturais. O projeto, que está quase concluído, foi criado pelo Grupo de Pesquisa Núcleo Habitat sem Fronteiras (Noah), da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP (FAU-USP).
O protótipo tem divisão para portadores de necessidades especiais e outras duas áreas separadas por sexo com chuveiros, vasos sanitários e pias externas. Há possibilidade de aquecimento por painéis solares e também por um gerador.
O projeto apresenta reúso de resíduos, reciclagem e redução de consumo de materiais, água e energia, tratando a água do rio poluído por uma eventual inundação. Funciona de forma autônoma à rede urbana, que fica danificada após um desastre.
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O desenho modular e flexível, feito em um contêiner adaptado, possibilita o transporte para outros locais afetados por catástrofes.
Redução de epidemias
O Noah depende de financiamento coletivo para implantar testes no equipamento e doá-lo para a Defesa Civil do Estado de São Paulo.
“Após grandes inundações, as pessoas ficam desalojadas ou desabrigadas e precisam suprir suas necessidades básicas”, explica a página da campanha aberta no site Catarse. “Muitas vezes, ficam abrigadas em escolas, ginásios ou acampamentos e estes não dispõem de um equipamento de higiene que possa atender a todos.” Segundo o Noah, o banheiro reduz a vulnerabilidade de disseminação de epidemias e problemas de saúde por falta de higiene.
“O banheiro oferece a possibilidade de tomar um banho quente, escovar os dentes, urinar e defecar em um local higienizado, ter privacidade para trocar de roupas e outras atividades que se tornam muito valorizadas num momento de extrema vulnerabilidade”, dizem os organizadores da página.
O protótipo é planejado para atender 60 pessoas por dia, mas, para aumentar o atendimento, basta utilizar mais módulos. Ainda é possível modificar o espaço interno para aumentar a capacidade de atendimento e melhorar o aproveitamento dos recursos energéticos.
Além dos pesquisadores da USP, o projeto contou com a ajuda da comunidade, da prefeitura local, da Defesa Civil e de ONGs.