Movimento apoia ações para produção de frutas orgânicas
Com o movimento “O Sabor É Cego”, o Catraca Livre em parceria com a Colorado resolveu investir em três projetos que valorizam a biodiversidade. A cada R$ 1 doado em campanhas de financiamento coletivo que envolvem frutas será investido mais R$ 1, 00. Ou seja, sua doação vale em dobro. Conheça as propostas:
Manacá Orgânicos
Aproveitar tudo o que a Terra dá é possível? O Manacá Orgânicos acredita que sim. O sítio localizado em Vieira, na região serrana do Rio de Janeiro, começou a produzir hortaliças, verduras, frutas e flores comestíveis em 2011.
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O Manacá começou entregando de quatro a cinco cestas de produtos orgânicos por semana e hoje distribui mais de cem kits com itens frescos e processados. Com o aumento das entregas, também foram feitas parcerias com outros produtores.
A equipe começou, ainda, a pensar no que fazer quando a produção era maior que a demanda, ou quando havia produtos fora do padrão razoável para venda. Foi assim que, há dois anos, o Manacá passou a produzir desidratados de forma artesanal e caseira, com uma desidratadora com capacidade para 4 kg.
Segundo o Manacá, os desidratados mantêm as propriedades do produto “in natura”. Como 50 g de produto desidratado equivalem a 500 g do produto fresco, fica mais fácil transportar e guardar.
Assim, foi aberta a campanha com meta inicial de R$ 15 mil para a compra de duas desidratadoras de 14 kg e a reforma da sala de produção. Uma segunda meta, de R$ 30 mil, buscará obter um certificado para viabilizar a distribuição dos desidratados em supermercados e lojas.
Mães da Amazônia
O projeto Mães da Amazônia, do Clube de Mães Maria de Nazaré, localizado no rio Cuieiras (zona rural de Manaus), busca reduzir o desperdício de frutas regionais ao produzir doces.
Fundado em 1999, o grupo reúne produtoras de doces feitos de forma sustentável, com frutas típicas da Amazônia. A produção é feita em um espaço pequeno, sem luz elética, e com utensílios precários.
São produzidos e comercializados produtos culinários a partir das árvores dos quintais dessas mulheres, gerando renda para as famílias.
Desde 2008, uma parceria com o Ipê (Instituto de Pesquisas Ecológicas) ajudou a fortalecer a organização. Foram realizadas oficinas de formação em associativismo, agroecologia e boas práticas de fabricação.
O grupo pede R$ 18.500, como meta inicial de sua campanha, para a construção de uma cozinha adequada e a aquisição de louças e utensílios. Uma segunda meta, de R$ 50.335, visa à compra de uma placa solar, à organização da distribuição e a um plano de expansão.
Maria Preta Jabuticaba
A Maria Preta Jabuticaba fica em uma fazenda perto de Campinas (SP) e fabrica subprodutos da fruta, evitando o desperdício de suas árvores e de seus vizinhos.
A colheita envolve toneladas anuais de jabuticaba, originárias de cem pés da fruta. A partir delas, são produzidos sucos, geleias, compotas, polpas congeladas e molhos. Além disso, a jabuticaba em pó, rica em antioxidantes, fez nascer um macarrão chamado Jabutipasta.
A maior fonte de renda para aumentar a produção tem sido o Pague e Colha: na época da colheita, em outubro, o público pode pagar para colher jabuticabas no pé.
Para que a fazenda possa dar conta de estocar toda a produção anual de jabuticabas, inclusive dos vizinhos, foi iniciada a campanha com meta mínima de R$ 21 mil para a montagem de uma sala de processamento e a compra de uma câmara fria.
Quando o valor inicial for alcançado, o financiamento coletivo continuará para a arrecadação de mais R$ 20 mil, que serão utilizados na compra de equipamentos para a produção –despolpadora, forno solar, moinho, seladora a vácuo e envasadora.
Quem quiser contribuir com as causas, pode receber deliciosas recompensas. Acesse os sites das campanhas para conhecer as compensações e doar.