Coletivo cria poesia e calçadas verdes no centro de SP

Promovido por INOVA

Intervenção artística feita pelo Coletivo Transverso no centro de São Paulo[/img]

“É quem mora ou trabalha na região que decide o que plantar, o que envolve memórias afetivas”, destaca o responsável pelo coletivo em São Paulo, Cauê Maia, 31 anos. Ele explica que as pessoas resgatam vivências dos locais pelos quais passaram, como interior ou sertão, para escolher as espécies. E que usam seus conhecimentos para cuidar dos canteiros.

“Quando a gente começou o plantio, o discurso corrente era: ‘Isso não adianta nada’. Hoje, a gente já colhe feijão e tem milho de quase 3 metros de altura”, afirma ele, acrescentando que o trabalho de poesia e jardinagem é feito todas as segundas-feiras.

Cauê conta que, agora, alguns comerciantes pedem para que seja feito um canteiro em frente à loja. “Um dos usuários de crack disse que colheu uma muda e a plantou. Quando chegamos, pediu que ajudássemos a transplantá-la em outro local”, diz ele.

Os poemas também são feitos pelos moradores e empresários do centro da capital paulista. Segundo ele, a poesia tem estimulado conversas e reflexão de quem passa por lá.

“Ver as plantas florescendo é uma espécie de poesia concreta. É um trabalho que tem sentido. A flor nascer do concreto cria um diálogo com a literatura”, filosofa Cauê.

Por QSocial