Consumo de castanha-do-pará pode melhorar função cognitiva
Uma pesquisa da USP mostrou que o consumo diário de uma castanha-do-brasil –também conhecida como castanha-do-pará– recuperou a deficiência de selênio e teve efeitos positivos sobre as funções cognitivas de idosos com comprometimento cognitivo leve (CCL), considerado um estágio intermediário entre o envelhecimento normal e demências, como o Alzheimer.
A autora do estudo, a nutricionista Bárbara Cardoso, explica que o CCL é caracterizado pela perda cognitiva (processo que envolve atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento, linguagem) maior do que o esperado para a idade.
Entre as análises feitas pela nutricionista, está a associação entre os níveis de selênio e o estresse oxidativo (excesso de radicais livres em comparação com o sistema protetor de cada célula) em pessoas com CCL. A nutricionista explica que o estresse oxidativo está envolvido no declínio cognitivo. Pacientes com comprometimento cognitivo leve ou Alzheimer apresentam maiores níveis de estresse oxidativo.
Segundo Bárbara, “apenas uma unidade de castanha-do-brasil fornece 288,75 microgramas de selênio ao dia, aumentando o consumo de selênio para além da recomendação diária (55 microgramas/dia), mas sem ultrapassar o limite tolerável de 400 microgramas”.
O selênio é um importante mineral que constitui enzimas antioxidantes cuja finalidade é combater a formação de radicais livres. E os resultados da pesquisa indicam que o consumo da castanha-do-brasil pode melhorar a resposta antioxidante e atenuar o declínio cognitivo.
Via Agência USP