Ações em SP têm como meta reduzir o desperdício de comida
Ações são consideradas exemplares pelo movimento Sou Responsável, campanha sem partidos, candidatos ou ideologia apoiada pelo Catraca Livre e pelo Instituto SEB de Educação
Alguns cidadãos de São Paulo resolveram não esperar pelo poder público e estão investindo tempo, estudo e dinheiro do próprio bolso para combater o desperdício de comida.
Essa história faz parte da série para o movimento Sou Responsável, cuja meta é estimular o protagonismo dos brasileiros. Em pleno ano eleitoral, o Catraca Livre e o Instituto SEB de Educação decidiram apoiar essa campanha para ajudar o brasileiro a também ser parte das soluções, e não do problema.
Uma das iniciativas é a que está sendo chamada de Creative Commes –um trocadilho com a licença Creative Commons. Quem comanda a ação é a capixaba Raquel Blaque, de 39 anos, de acordo com informações do jornal “Folha de S.Paulo”. Filha de diarista e pedreiro, é formada em jornalismo e em gastronomia e vive com o que a cidade fornece.
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Às quintas-feiras, por volta das 14h, ela vai à “xepa” e recolhe itens alimentares que iriam para o lixo. Leva tudo para o coletivo Casa Amarela, em Perdizes, onde mora com seis pessoas.
Em uma das saídas, o grupo coletou o suficiente para abastecer a casa e uma entidade ou ocupação. “É sintoma de miséria isso ser desprezado”, diz Blaque. “Não é lixo, é recurso!”
Já o Instituto Guandu, criado por Fernanda Danelon, de 45 anos, instala em estabelecimentos da capital paulista torres de minhocários e hortas cultivadas com o adubo resultante do sistema.
Por fim, a doutoranda em prevenção de resíduo na Unicamp Evelin Rodrigues, de 28 anos, mostra em sua dissertação que a sobra diária de 20 mil bandejas de três restaurantes universitários poderia abastecer a demanda energética de um deles e de outro edifício próximo.
Leia a reportagem completa na “Folha de S.Paulo”