Diagnósticos corretos salvam alunos com dificuldades na escola

Milhares de jovens sofrem ano após ano com a falta de diagnósticos precisos que esclareçam sobre suas dificuldades de aprendizagem. E um exame equivocado, por exemplo, pode resultar em preconceito, discriminação e uma autoimagem depreciada pela própria pessoa.

De acordo com o neuropediatra Clay Brites, a falta de uma análise correta, por exemplo, pode levar crianças e adolescentes com doenças médicas e dificuldades severas de aprendizagem à ignorância ou à negligência destes problemas.

“Assim, castigos, restrições, desconfianças e deterioração do ambiente familiar e escolar podem ocorrer injustamente e ainda expor a criança precocemente aos riscos de reprovação, bullying, evasão escolar e até delinquência”, alerta o médico.

Brites conta que já atendeu casos de pacientes diagnosticados equivocadamente. Esse perigo ainda expõe o erro a imensas desconfianças pela família e pela escola, além de provocar perda de tempo.

O neuropediatra explica que os principais problemas de aprendizagem são as dificuldades escolares, causadas, na maioria das vezes, por conta do ambiente escolar e da família.

Para ele, nas instituições de ensino faltam práticas pedagógicas mais individualizadas e preocupadas em estimular os pré-requisitos mais importantes. Assim, esquecem de dar o devido reforço àquelas crianças que possuem mais dificuldades. “É uma prática inadequada, porém comum”.

Segundo o especialista, a raiz desse mal vem dos cursos de pedagogia que carecem de disciplinas que explicam o funcionamento cerebral dos processos de aprendizagem e o desenvolvimento infantil.

O neuropediatra é o idealizador do 1º Congresso Nacional On-line sobre Dificuldades e Distúrbios de Aprendizagem , que acontece entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro, e contará com diversos especialistas do Brasil e do exterior.

“Queremos combater preconceitos e discriminação, além de definir que tipo de apoio as crianças e adolescentes devem ser submetidos no ambiente familiar e na escola”, conclui.

Saiba mais: www.congressoneurosaber.com.br