Escritora poetiza estações de metrô e trem de São Paulo
Ryane Leão já perdeu as contas de quantos lambes (pôsteres artísticos colados em espaços públicos) espalhou pela cidade. “Uns três mil, quatro mil só no ano passado”, estima a escritora, que poetiza muros com textos autorais “sobre o que a gente vive todos os dias”.
“Escrevo sobre amores, desamores, rotina, socos no estômago que a vida dá, tropeços, coisas boas, coisas ruins, luta das mulheres, recomeços, loucuras, madrugadas, estradas, coração”, explica.
“Acho que é por isso que tanta gente se identifica. Já me pararam na rua pra agradecer, já me pararam na rua pra dizer que a minha escrita dá força”, conta Ryane, que, aos 27 anos, concilia o trabalho de escritora e artista de rua com o de professora de idiomas.
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Com um livro saindo da gráfica em março por financiamento coletivo, ela planeja oferecer neste ano uma oficina mensal de lambes “para mulheres que querem intervir na cidade e não sabem por onde começar”.
Enquanto isso, ela segue espalhando poesia “até chegar a todas estações de metrô e trem” de São Paulo. “Ainda falta bastante, mas já fui a Corinthians-Itaquera, Tamanduateí, Artur Alvim, Tucuruvi, Guilhermina-Esperança, Santana, Liberdade, Jabaquara, São Joaquim, Vergueiro, Clínicas, Consolação, Paulista, República, Santa Cecília, Tatuapé, Bresser-Mooca, Vila Madalena”, lista.
As intervenções urbanas do projeto “Onde Jazz Meu Coração” _ nome inspirado no CD de Belchior _ podem ser acompanhadas pelo Facebook e pelo Instagram. “E, quando encontrar alguma poesia do projeto, tire uma foto e coloque a hashtag #ondejazzmeucoracao. É isso que faz tudo valer a pena: as pessoas sentirem comigo.”
Por QSocial