Espaço com horta urbana comemora chegada da primavera em SP

03/09/2014 00:00 / Atualizado em 06/05/2020 16:56

Quando setembro começa dá início a contagem regressiva para a época mais florida do ano. A chegada da primavera, com data oficial marcada para o dia 23, às 2h29, será comemorada em comunidade no Hortão da Casa Verde, no sábado dia 22. O espaço, que há cinco anos era apenas mais um terreno cheio de entulho dentro da cidade de São Paulo, abre a portas com uma programação especial para a chegada das flores.

“Como apaixonados e dedicados à botânica e ao verde, convidamos todos a passar esse dia especial conosco”, diz a paisagista e astróloga Carmem Sampaio, uma das criadoras do projeto. “Vamos ter filme, bazar do desapego, workshop de produtos naturais de belezas, entre outras coisas.”

Sampaio foi quem, juntamente com o paisagista André Carretta, descobriu o terreno, e após um acerto de comodato, começou a recuperá-lo. “Aqui permutamos, aprendemos e ensinamos a permacultura e a agroecologia. Os cursos são gratuitos ou semi-gratuitos (paga-se apenas os custos) para incentivar a agricultura urbana orgânica, livre de agrotóxicos. E para estimular a união e a amizade entre as pessoas fazemos daqui também um ponto de encontro”, conta.

Cerca de 300 já passaram por lá desde a abertura. Há os frequentadores assíduos que participam da manutenção do espaço e ainda visitas de interessados em fazer novas hortas urbanas em outros lugares.

“Todos dão o que podem e levam o que precisam. Seja a colaboração em serviços, seja em ensinamentos. Abrimos em dias programados e organizados pelo grupo Hortão Casa Verde, no Facebook”, diz Sampaio.

No dia 22, a esteticista Liliana Marina Goes vai ensinar gratuitamente como fazer tratamentos de beleza a base de frutas e legumes orgânicos, e também será apresentado o documentário “O Veneno está na Mesa – II”.

“Nossa missão é alimentar, antes, a alma. Conectar as pessoas com suas reais necessidades, a de se conectar com a Mãe Terra e assim abrir possibilidades de resgatar pontos perdidos na cidade que poderiam ser de todos”, diz a paisagista.