Estudantes propõem a identificação dos rios invisíveis de São Paulo

Projeto foi selecionado pela Câmara Municipal e pode virar lei

Projeto desenvolvido por três estudantes de uma escola particular da zona sul de São Paulo foi selecionado pela Câmara Municipal da capital e pode virar lei.

A iniciativa das alunas Mariana Almeida Rocha e mais duas colegas, Laura Lukowiecki Bidóia e Mariana Sá Barreto Vecchi, do 6º ano do Colégio Marista Arquidiocesano, prevê a obrigatoriedade de especificação e divulgação dos nomes de córregos e rios, bem como seus respectivos cursos, “escondidos” na cidade de São Paulo.

 A estudante Mariana Almeida Rocha, uma das autores do Projeto de Lei apresentado dura a edição deste ano do Parlamento Jovem Paulistano
Créditos: Divulgação/Arqui
 A estudante Mariana Almeida Rocha, uma das autores do Projeto de Lei apresentado dura a edição deste ano do Parlamento Jovem Paulistano

O tema do Projeto é “Cidadania em Ação – Projetos Legislativos de Intervenção na Realidade Social e Ambiental de São Paulo”.

No texto, as alunas argumentam que o São Paulo é uma espécie de cidade dos “rios invisíveis”. E isso ocorre, segundo elas, devido ao crescimento urbano desordenado que ocorreu no município, o que fez com que muitos dos córregos e rios fossem “engolidos” e desaparecessem da paisagem urbana.

“A lei apresentada proporciona o resgate dessa antiga e importante memória dos paulistanos, de tal modo que todos os cidadãos passem a valorizar e respeitar os nossos recursos hídricos”, argumentam as alunas no projeto apresentado à Câmara.

Ainda, segundo o projeto, os painéis artísticos informativos, indicativos e aparentes que vão detalhar a localização desses rios e córregos deverão ser fixados em áreas públicas, anteriormente ocupadas pelos cursos d’água, de maior circulação de pedestres, objetivando resgatar a memória hídrica dos cidadãos paulistanos.

A implantação desses procedimentos caberá à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e à Secretaria do Verde e Meio Ambiente, em parceria com artistas e empresas privadas.

“Os painéis indicativos podem ajudar a iniciar um processo educativo por meio do qual os cidadãos paulistanos voltem a valorizar e reconhecer a importância da preservação e do resgate da nossa hidrografia na sua integridade”, fundamentam as alunas.

Parlamento Jovem Paulistano 2019

O Projeto de Lei foi apresentado na 18ª edição do Parlamento Jovem Paulistano 2019, promovido pela Câmara Municipal de São Paulo, em atividades realizadas nos dias 4 e 8 de novembro.

O Parlamento Jovem foi criado na Câmara Municipal de São Paulo pela Resolução nº 10 de 21 de agosto de 2001. Seu principal objetivo é oferecer aos jovens do município uma lição de cidadania e democracia, com o exercício, por um dia, das funções e dos trabalhos do Poder Legislativo Municipal.

No Parlamento Jovem Paulistano, os vereadores cederão seus lugares no Plenário 1º de Maio para os vereadores e vereadoras jovens, que vão apresentar seus projetos, defendê-los e votar as propostas apresentadas pelos colegas.