Fosfoetanolamina poderá ter 1ª fase de testes pronta em 7 meses
A fosfoetanolamina, substância que vem criando polêmica nos últimos meses por ter sido anunciada como cura para o câncer, terá sua primeira fase de testes pré-clínicos –aqueles feitos em cobaias, antes de a substância ser usada em humanos– concluída em sete meses.
O anúncio foi feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que explicou que os testes serão feitos a partir de duas amostras da molécula. Uma, que será requisitada à USP (Universidade de São Paulo), e outra, que será manufaturada com base na descrição do composto registrado no pedido de patente apresentado ao Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).Segundo o ministério, depois da primeira etapa de análises, estão previstas as fases seguintes do estudo em humanos.
O composto gerou controvérsia após sua distribuição ter sido aprovada, por decisão judicial, para alguns pacientes em tratamento contra o câncer. No último dia 12, no entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu o fornecimento da substância, mas os debates em torno da eficácia da substância continuam.
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A molécula foi sintetizada pela equipe de pesquisadores chefiada por Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, em São Carlos, há cerca de 20 anos, e ficou conhecida nas redes sociais como “pilula do câncer”. Isso ocorreu antes de a substância ter passado oficialmente pelas etapas de pesquisa exigidas pela legislação, que prevê uma série de estudos antes de um medicamento ser usado por seres humanos.
Segundo a USP, a fosfoetanolamina foi estudada como um produto químico e não existe demonstração cabal de que tenha ação efetiva contra a doença.