Gagueira não impede artista de 17 anos de mostrar seu trabalho
A gagueira de Achilleas Souras não o retém mais. O estudante de 17 anos, que nasceu em Londres e atualmente mora em Atenas, lembra-se de ler em voz alta na escola quando pequeno, tropeçando em palavras e ficando frustrado. Começava a rir como um mecanismo de defesa. Mas ele encontrou outras maneiras de se comunicar.
Hoje ele é um artista, criando trabalhos que abordam grandes questões globais, como a crise dos refugiados. Ele acredita que sua gagueira fez com que colocasse a arte em primeiro lugar.
Souras conta sua história em um novo vídeo da ONG SAY (Stuttering Association for the Young) –o mais recente de uma série chamada “My Stutter” (“Minha Gagueira”, em livre tradução). Os vídeos lançados no ano passado mostram diferentes pessoas que gaguejam. Elas são de uma variedade de origens e idades e falam sobre suas experiências e resiliência.
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Os objetivos são mostrar aos jovens que gaguejam que suas vozes são importantes e lutar contra a ideia de que a gagueira é algo para se consertar ou superar.
Souras diz que, agora, ele escolhe fazer mais e mais discursos. Quando estava na ilha grega de Lesbos –um importante porto para refugiados que procuram asilo na Europa– ele viu coletes salva-vidas na costa e resolveu fazer arte com eles. Daí surgiu a obra “Save Our Souls” (“Salve Nossas Almas”, em livre tradução), que percorreu museus do mundo.
Embora não haja um vínculo direto entre sua gagueira e sua arte, Souras diz que isso o levou a ver o mundo de maneiras diferentes e até mesmo a ser mais empático. “Você aprende a ser mais gentil, dar às pessoas mais tempo e saber que não há ninguém perfeito”, diz.
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