Gol lança projeto para apoiar artistas e artesãos com geração de renda
A iniciativa consiste em uma plataforma de conteúdo e uma loja virtual dedicados exclusivamente à promoção do turismo, arte e da cultura brasileira
A companhia aérea Gol lançou no começo de agosto uma plataforma para a aproximar a sociedade das comunidades que dependem do turismo para se manterem ativas. O setor foi um dos mais impactados pela pandemia do novo coronavírus.
O projeto Aproximando Distâncias, sem fins lucrativos, consiste em uma plataforma de conteúdo e uma loja virtual dedicados exclusivamente à promoção do turismo, da arte e cultura brasileira.
A companhia selecionou, com apoio da agência Spray Content, 25 artistas para expor sua arte e oferecer ao Brasil o que o público só poderia ter acesso viajando pelas diferentes regiões.
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Entre os produtos estão obras de arte regionais e alimentos típicos, grafite, cestaria, vasos, bijuterias, panelas de barro, bonecas de pano, conserva de pimenta e bala de banana, entre outros.
Alguns itens serão entregues porta a porta e outros vendidos por meio de vouchers –ou seja, os compradores adquirem pelo site e têm até um ano para retirar a compra no local escolhido.
“Mesmo com as restrições impostas pela pandemia, os brasileiros não deixaram de pensar em viajar, apenas adiaram esse desejo, por precaução. O Aproximando Distâncias traz um pouco desse nosso país rico em beleza e cultura para dentro das casas das pessoas, enquanto a economia e as viagens a lazer não voltam à normalidade, conta Eduardo Bernardes, vice-presidente de vendas e marketing da Gol.
Além do e-commerce, a plataforma também terá vídeo-aulas nas quais se ensinam as técnicas por trás de cada produto, e ainda contam a história de seus criadores.
Riquezas culturais
Entre os artistas selecionados, há alguns bem conhecidos em suas regiões e outros com histórias interessantes para contar.
Do Amazonas, a artesã e pedagoga Clarice Duhigó, oriunda da tribo Tukano, um dos povos do Alto Rio Negro, coordena 60 mulheres indígenas que trabalham com tapeçarias, cestarias, bijuterias e objetos decorativos, tudo confeccionado com fibra de tucum.
O Coletivo Mulheres Coralinas, de Goiás, é inspirado na poetisa Cora Coralina e empodera mulheres vítimas de violência, que geram seu sustento por meio do artesanato. São livros de receitas, bonecas de pano, colares e flores do Cerrado para decoração.
No Pará, o artista Heitor Sebastian é homem trans e tinha experiência com desenho e tattoo quando conheceu sua namorada, cuja família atua com cerâmica há 40 anos. Hoje, o espaço deles cria as tradicionais cerâmicas marajoara, mas revisitadas, nas quais empregam influências de outros desenhos e até de tatuagens, inclusive com mais cores do que as versões clássicas. O espaço é aberto à diversidade, em Belém, e recebe os públicos LGBT+ e geral.
Do Mato Grosso, Alcides Santos vai comercializar violas de cocho, um dos maiores símbolos cuiabanos e objeto tradicional passado por gerações em sua família. Diretamente da Liberdade, a maior colônia japonesa do mundo fora do Japão, em São Paulo, Silvia Maeda, da Yaki Manju, irá disponibilizar no site um doce japonês chamado iamagawayaki, que há 40 anos atrai fãs na tradicional feira do bairro.
Do Rio de Janeiro, Caldo da Nega vai oferecer suas conservas de pimenta, enquanto, no Distrito Federal, o Juão de Fibras faz vasos, cestos e colares trançados com capim – entre tantos outros destaques.