Homens famosos comentam sua saúde mental e podem salvar vidas
Dwayne “The Rock” Johnson, Ryan Reynolds, Michael Phelps e outras celebridades compartilham uma coisa em comum, e não é apenas sua fama. Cada um desses homens fez algo que antes era impensável: eles falaram publicamente sobre suas lutas pela saúde mental.
The Rock, o herói de ação mais conhecido por sua positividade e por seu peitoral, descreveu recentemente seus episódios de depressão e como, na adolescência, tentou impedir sua mãe de tentar o suicídio. Reynolds, estrela de “Deadpool 2”, recentemente disse ao jornal “The New York Times” que ele regularmente sente ansiedade. Em dezembro passado, Phelps, o atleta olímpico mais condecorado da história, abriu-se à revista “Today” para se dizer deprimido e suicida.
Got tons of responses to this. Thank you. We all go thru the sludge/shit and depression never discriminates. Took me a long time to realize it but the key is to not be afraid to open up. Especially us dudes have a tendency to keep it in. You’re not alone
— Dwayne Johnson (@TheRock) 2 de abril de 2018
- Esta fruta pode melhorar a saúde mental em questão de dias
- Estudo revela como sua saúde mental pode ficar aos 75 anos
- CBD e Setembro Amarelo: como a cannabis medicinal ajuda a salvar vidas
- Saúde mental masculina: a importância de procurar ajuda
Eles são modelos de masculinidade, mas enfrentam problemas mentais, e isso não deveria nos surpreender –uma vez que as doenças mentais são condições extremamente humanas –quase um terço dos homens experimentou um período de depressão em suas vidas.
Esses famosos estão provando que é possível nomear facilmente suas experiências de saúde mental e derrotar o estigma que mantém muitos homens calados.
“Muitos garotos estão presos no mesmo modelo de masculinidade sufocante e ultrapassado, em que a masculinidade é medida em força, onde não há como ser vulnerável sem ser emasculado, em que a masculinidade é ter poder sobre os outros”, escreveu o comediante Michael Ian Black.
Isso, muitas vezes, impede essa parcela da população de pedir ajuda quando precisa. Ao repetir às crianças o ditado “meninos não choram”, os garotos desenvolvem vergonha profunda em relação às suas necessidades emocionais, que podem se intensificar e piorar pela adolescência até o início da idade adulta.
O suicídio do ator Robin Williams nos ajudou a entender que a doença mental não discrimina com base na renda ou na fama.
Nos últimos anos, outros homens de destaque também se apresentaram para compartilhar suas lutas e falar sobre o assunto. Essa lista inclui os jogadores de futebol americano Brandon Marshall e Joe Barksdale, o político estadunidense Patrick J. Kennedy, o comediante e apresentador de TV Wayne Brady, o músico Pete Wentz –líder da banda Fall Out Boy–, o rapper Logic e os príncipes Harry e William (veja abaixo):