Impressão 3D ajuda no ensino de anatomia veterinária
Um artigo publicado na última edição da Revista de Graduação da USP provou que a tecnologia já não é auxiliar, e sim parte do cotidiano dos estudantes. A publicação apresenta uma técnica digital inovadora, “sem precedentes na medicina veterinária”, e especialmente importante como facilitadora do ensino de conteúdos aplicados à anatomia veterinária.
De acordo com informações do “Jornal da USP”, o projeto teve como foco aplicar a digitalização e a impressão 3D para a produção de biomodelos dos esqueletos de cachorros e cavalos, com a intenção de disponibilizar as peças produzidas como “ferramenta alternativa de estudo nas aulas práticas”.
Ao invés de tinta na impressora, usa-se como material espécies de pó, gel ou filamentos de metal ou de plástico. As peças são impressas tridimensionalmente, por camadas. Na impressão dos ossos de cães e cavalos, foram preservadas as principais estruturas anatômicas.
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Na biomodelagem virtual, há a criação e a manipulação de um modelo digital, cuja imagem é tratada com a ajuda de softwares específicos. Na biomodelagem física, o modelo físico é obtido por meio da impressora 3D.
Segundo os responsáveis pelo estudo, os benefícios da técnica podem ser verificados, por exemplo, no planejamento cirúrgico, com redução do tempo de realização dos procedimentos operatórios, do período de anestesia, do risco de infecção e do número de cirurgias.
O resultado da impressão, guardado em arquivos digitais, tornou-se estratégia de aprendizado durante as aulas práticas de anatomia. Os autores apontam resultados positivos no emprego da impressão 3D para produzir biomodelos não só na medicina veterinária, como em outras áreas da saúde, como na medicina humana e na odontologia.
Os modelos pertencem ao Laboratório de Anatomia Veterinária do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, onde se criou um acervo digital com as imagens tridimensionais.
Os estudantes podem interagir com o material, girando as imagens em vários ângulos e identificando particularidades e estruturas anatômicas. Podem, ainda, estudar em casa. De acordo com os especialistas, os biomodelos enriquecem as aulas, uma vez que a variedade de espécies animais disponíveis poderá ser bem maior.
Leia a reportagem completa no “Jornal da USP”