Laser e LED ajudam no tratamento da paralisia facial
Dois métodos executados por Vitor Hugo Panhóca, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, comprovaram a eficácia do laser de baixa potência e do LED –vermelho e infravermelho–, no tratamento não invasivo de Disfunção Temporomandibular (DTM) e Paralisia Facial de Bell. Em seus testes, o especialista comparou a qualidade de ambas as técnicas, com o intuito de melhorar a condição de vida de pessoas que são acometidas pelas citadas doenças.
A eficácia do uso de laser e LED como efeito analgésico consta há anos na literatura médica. Segundo Vitor Panhóca, os fótons (partículas presentes em qualquer tipo de luz) originados pelo LED são tão eficientes quanto os obtidos através do laser. Quando interagem com o tecido da pele, os fótons adquiridos por essas luzes, atingem e estabilizam as células nervosas do tecido humano, causando o efeito analgésico. Com base nesses conhecimentos, o pesquisador comparou a qualidade dos dois métodos, onde concluiu que, apesar de ambos terem o mesmo efeito de analgesia, o LED é mais vantajoso, uma vez que tem maior durabilidade, menor consumo de energia, abrange maior área do tecido a ser tratado e seu custo é muito mais baixo que o do laser.
Segundo o pesquisador, o efeito analgésico provocado pela luz do laser ou pelo LED vermelho e infravermelho, além de eliminar as dores provocadas pela doença, permite melhor movimentação mandibular dos pacientes. “O laser e o LED permitem que os pacientes com dificuldades de movimentação mandibular possam mexer a boca com mais facilidade e sem dor após dois meses de tratamento’, diz Vitor Panhóca, que realizou a pesquisa com duas sessões semanais, tendo obtido sucesso em pacientes com sintomas de Disfunção Temporomandibular (DTM), sendo que a luz era aplicada durante 1 minuto em cinco pontos de cada lado da face na região pré-auricular, temporal e corpo do músculo masseter.
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A técnica acelera o restabelecimento da mastigação sem dor pela pessoa, podendo impedir o retorno dos sintomas por vários anos. A aplicação do laser ou LED no tratamento da DTM pode ser realizado isoladamente ou combinado aos tratamentos convencionais.
A luz do laser ou do LED é aplicada através de uma caneta, cuja ponta ativa é direcionada à região externa a ser tratada. Um dos receios de Vitor Panhóca nesta análise era o superaquecimento que a luz poderia causar na pele. Porém, com as aplicações realizas durante os testes, o pesquisador observou que o aumento de temperatura não ultrapassou 5,7 graus centígrados (Cº), nível considerado baixo e seguro para esse tipo de aplicação. O artigo referente a esse estudo foi publicado recentemente na revista científica “Lasers in Medical Science”.
Via Agência USP