Meninas da zona leste de SP têm projeto selecionado pela ONU
Projeto vai promover conscientização sobre empoderamento feminino em escolas públicas localizadas em áreas de vulnerabilidade social
As estudantes Karen Samyra e Kauanne Patrocinio, ambas de 17 anos, moradoras do bairro União de Vila Nova, na zona leste de São Paulo têm muito o que comemorar.
O projeto “Em Quadro”, criado por elas, em parceria com o amigo Paulo dos Santos Sousa, foi selecionado pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e vai receber R$ 4 mil para levar performances teatrais e rodas de conversa para crianças e adolescentes de escolas públicas do bairro, tratando da questão sobre o empoderamento feminino.
O intuito é resgatar a autoestima e abordar temas ligados ao relacionamento abusivo e violência doméstica.
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“Sabemos que todos os dias as mulheres têm seus direitos negligenciados, é isso que queremos mudar. Desde cedo elas podem saber que são empoderadas e podem lutar pelos seus direitos”, diz Karen.
Além do “Em Quadro”, outros quatro projetos também foram contemplados e receberão R$ 4 mil. Todos também irão concorrer na etapa mundial do edital, onde o projeto vencedor receberá 20 mil dólares para ter continuidade.
Karen e Kauanne, que também são primas, aprenderam a importância da luta pelos direitos desde cedo. Elas passaram a infância e adolescência como educandas do Centro Social Marista Irmão Justino, que atende gratuitamente crianças e adolescentes de 5 a 17 anos.
Foi nesse local que elas descobriram que é possível ter uma educação gratuita e de qualidade e ter acesso ao lazer e à arte.
“O teatro foi algo que aprendemos no Centro Educacional, e hoje ele é fundamental, porque é com ele que queremos nos expressar e conscientizar as pessoas por meio do projeto”, conta Kauanne.
Para Sheila Pomilho, diretora da unidade, a história das primas é um incentivo a mais para o trabalho desenvolvido no centro.
“O projeto serve como inspiração e exemplo para nossos educandos. É uma alegria ver que eles podem transformar as suas realidades e levar esse protagonismo para o mundo”, comemora Sheila.
Inspiradas, as meninas acreditam que são capazes de motivar e conscientizar, assim como um dia aconteceu com elas.