ONG americana vai apoiar pesquisas brasileiras sobre alimentos vegetais e carne cultivada
Três pesquisadoras brasileiras foram selecionadas pela ONG americana Good Food Institute
A ONG americana Good Food Institute divulgou na semana passada um investimento no valor de R$ 20 milhões como fomento a pesquisas no campo de proteínas alternativas. Foram contemplados 21 cientistas de nove países, entre eles o Brasil.
As pesquisadoras brasileiras selecionadas são Ana Carla Kawazoe Sato (Unicamp), Ana Paula Dionisio (Embrapa Agropecuária Tropical) e Caroline Mellinger Silva (Embrapa Agroindústria de Alimentos).
Viabilizado através de doações de filantropos visionários, o Programa de Incentivo à Pesquisa do Good Food Institute foi criado para apoiar pesquisas de acesso livre que desenvolvam o conhecimento científico nas áreas de proteínas vegetais e carne cultivada – tecnologias que vão revolucionar o sistema de alimentos e contribuir para solução de diversos desafios associados à produção convencional.
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O valor será destinado a bioquímicos, engenheiros de tecidos, especialistas em modelagem computacional, geneticistas de plantas e engenheiros de alimentos cujos projetos buscam soluções para barreiras técnicas encontradas nas indústrias de proteínas vegetais e carne cultivada. O foco é em pesquisas que buscam desenvolver soluções para melhoramento de sabor, textura, custo e escalabilidade de produtos nessas áreas.
Desde o início do programa em 2019, foram concedidos mais de R$ 35 milhões na forma de financiamento para iniciativas de pesquisa de acesso livre em todas as áreas da cadeia de produção de alimentos: desde melhoramento de safras, passando por formulação de produtos vegetais a desenvolvimento de cultura de células e bioprocessos para escalar a produção de carne cultivada.
“O sistema global de alimentos está prestes a passar por uma transformação, mas para isso é necessário que a indústria supere desafios tecnológicos significativos que ainda estão presentes como preço comparável, escalabilidade e comercialização”, diz Katherine de Matos, que lidera o Departamento de Ciência e Tecnologia do GFI no Brasil.