Pesquisadora da USP produz chocolate funcional com probióticos

Um novo chocolate funcional desenvolvido na USP contém micro-organismos vivos, os probióticos, que conferem mais benefícios à saúde humana. Além das propriedades antioxidantes do cacau, os lactobacilos vivos melhoram as funções gastrointestinais e reduzem o risco de constipação e a possibilidade de desenvolvimento de várias doenças, como o câncer de cólon.

Pesquisadora da USP produz chocolate funcional com probióticos
Créditos: Picasa 2.0
Pesquisadora da USP produz chocolate funcional com probióticos

O estudo foi realizado na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP. O chocolate meio amargo poderá substituir itens encontrados em supermercados.

Os probióticos aplicados ao chocolate foram o Lactobacillus acidophilus e o Bifidobacterium animalis, semelhantes aos que existem naturalmente em nosso organismo. Ao longo da vida, porém, eles vão se perdendo pelo estresse e pelo consumo de alguns itens industrializados que afetam a flora intestinal, como açúcar e medicamentos.

Segundo informações do Jornal da USP, os micro-organismos são fundamentais para proteger o sistema imunológico e estão associados ao combate de doenças gastrointestinais, redução da biossíntese do colesterol e inibição de células cancerígenas. Além disso, evitam a Helicobacter pylori e diversos fungos. Sua ingestão regular e em quantidade adequada restaura a flora intestinal e repovoa o organismo de bactérias boas.

Partículas lipídicas e probióticos encapsulados

Os produtos lácteos são boas matrizes para veiculação dos lactobacilos. O grande desafio da pesquisa foi incorporar os bioativos em outros produtos que os mantivessem vivos, diz a engenheira de alimentos Marluci Palazzolli da Silva, autora da dissertação de mestrado que deu origem ao chocolate funcional.

As amostras de chocolate foram produzidas em parceria com o Centro de Tecnologia de Cereais e Chocolate do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital). Os resultados foram positivos em relação à possibilidade de o chocolate meio amargo ser uma matriz alimentícia aceitável para a incorporação dos probióticos.

Autora do estudo que deu origem ao novo chocolate funcional

Depois de pronto, o alimento foi avaliado por cem provadores para comprovar sua aceitação e recebeu nota acima de sete em uma escala de nove pontos. Perguntado aos voluntários se comprariam o chocolate funcional quando estivesse no mercado, cerca de 75% demonstraram intenção de compra.

Com informações do Jornal da USP