Pintora recria arte clássica com negros como figuras centrais
Um fato sobre galerias de arte: elas são muito brancas. Não apenas as paredes ou as partes da tela intocadas pela tinta. Elas são preenchidos com pessoas brancas, esculturas brancas, artistas brancos, assuntos de arte branca. JoMerra Watson queria mais. Ela queria ver arte que retratasse seu povo, que retratasse os negros.
Em outubro de 2016, Watson criou sua própria exposição, chamada “UNITY: The Grand Pop Up Art Exhibit”. A meta era trazer seus amigos e colegas para espaços de arte que eles normalmente não visitariam, destruindo a ideia de que museus e galerias são apenas para brancos. Ela conseguiu. A mostra apresentou mais de uma dúzia de artistas negros. Já os visitantes variaram de professores de arte a pessoas que nunca tinham pisado em uma galeria.
Watson costuma se inspirar em pinturas populares de Vincent van Gogh, Leonardo da Vinci e Picasso, limpando-as das figuras brancas tão frequentemente retratadas. Em seu lugar, ela adiciona rostos negros –muitos deles.
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Ela usou seu primeiro pincel aos 15 anos, quando era estudante do ensino médio. Além de algumas aulas, não sabia nada de arte formal. “Eu comprava livrinhos de arte como ‘Como Desenhar Figuras Realistas’”, relembra. “Isso é mais útil para mim agora, ironicamente, do que era quando eu era mais jovem.”
Atualmente, Watson frequenta a Universidade do Missouri e se especializa em belas artes, com ênfase em pintura. Sua primeira aula de pintura formal aconteceu há um ano e ela sabia que era algo que queria como profissão.
A artista cruzou alguns céticos pelo caminho, que não acreditavam que sua arte pudesse falar com um grupo amplo de pessoas. Watson concorda, mas diz que não está criando arte para ser consumida pelas massas, mas pelos negros. “Meu trabalho não é para pessoas com formação formal em arte. É uma conversa que estou tendo sobre mim e sobre o meu povo.”
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