Projeto faz pulseira a partir de coletes salva-vidas para ajudar refugiados

Coletes salva-vidas usados por refugiados para chegar à Grécia; em 1º plano, a pulseira Zoë Band

Símbolo dos milhares de refugiados que tentam chegar à Europa pela Grécia, o colete laranja usados por eles foi transformado em pulseira para, também, salvar vidas.

O projeto Zoë Bands contratou costureiras da ilha de Lesvos, na Grécia, ponto de chegada dos refugiados que tentam a sorte pelo mar Egeu, da Turquia, para costurar as pulseiras unissex.

Todo o lucro obtido com a venda (cada uma tem custo de produção de cerca de US$ 5) é usado na compra de alimentos, roupas e medicamentos para os migrantes. As pulseiras custam US$ 20, mas é possível colaborar com valores maiores na campanha de crowdfunding.

A Organização Internacional para a Migração estimou que 3.700 morreram em 2015 na travessia para a Europa. Na última semana, naufrágios levaram à morte ao menos 700 pessoas, segundo a ONU.

Alexander Schultz, cofundador do Zoë Bands, conta no site que estava em férias na Itália quando se viu cercado por notícias da crise de refugiados. Acabou se tornando um voluntário na ilha de Lesvos e lá percebeu que seria necessário criar uma fonte de receita para efetivamente ajudá-los. A pulseira foi a solução encontrada.

Taxia Koskina (esq.), Alexander Schultz Zoë Pappis e Vangelis Koutalianos, fundadores

“Este empreendimento foi criado para que as pessoas possam ajudar os refugiados enquanto, simultaneamente, espalham compaixão em suas comunidades ao usar uma peça da viagem do refugiado”, afirma.

O projeto conta com dois gregos de Lesvos como cofundadores e, além de contratar costureiras locais, também compra artigos que serão doados de produtores da ilha “a fim de manter algumas empresas em pé”, diz Alexander.

“Zoë significa ‘vida’ em grego. Esse projeto é totalmente isso: melhorar a vida [dos refugiados, dos empregados e dos que vendem produtos a eles]”, completa.

Por QSocial