Projeto registra e amplifica sons de protesto pelo mundo
Stuart Fowkes é o fundador de um novo projeto chamado Protest and Politics (Protesto e Política)–um mapa que documenta os sons de protesto e como eles são mais altos em algumas cidades ao redor do mundo. Na verdade, do Brexit à eleição de Trump, o ano passado registrou mais protestos do que muitos antes.
“Eu acho que vamos olhar para estes últimos anos como um tempo em que a dissidência estava aumentando, quando vozes de oposição ficaram mais fortes e as pessoas estavam dizendo: ‘Eu já tive o suficiente e vou me fazer ouvir’”, diz Fowkes.
A maioria dos sons que compõe o projeto vem da última década, mas alguns datam da Guerra do Golfo, em 1991. Também há atos em prol dos direitos das mulheres em Istambul e o apoio a Narendra Modi em Nova Déli.
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“O que é legal neste projeto é que ele reúne pequenas fatias da história”, afirma seu criador. “”É uma pequena maneira de demonstrar às pessoas que existe uma espécie de solidariedade global em torno do protesto.”
A ideia é parte de um programa maior fundado por Fowkes chamado Cities and Memory (Cidades e Memória) –um mapa-múndi que usa som para documentar a experiência vivida em qualquer destino.
Fowkes, que é um consultor digital britânico e músico amador de Oxford, cuida de seus projetos em seu tempo livre. A maioria das gravações é fornecida por voluntários; o restante é registrado por ele próprio.
Desde a criação, em 2014, centenas de colaboradores voluntários coletaram todos os tipos de sons. Um projeto, The Next Station (A Próxima Estação), documenta os sons do metrô de Londres, enquanto outro chamado Sacred Spaces (Espaços Sagrados) coleciona sons de igrejas e templos em todo o mundo. Um colaborador até mesmo mapeou o som da internet.
Mas esse novo projeto documenta os sons da história –a política e os protestos que capturam o passado e ajudam a moldar o futuro.
“Fundamentalmente, você aprende sobre duas coisas”, acredita Fowkes. “Aprende sobre similaridades e aprende sobre diferenças.”
Leia a reportagem completa no “Citylab“