Fenelon Marckenson, do Pérolas Negras, é marcado por atletas do América (MG) na Rua Javari

Convidados pela Federação Paulista de Futebol a participar da edição deste ano da Copa São Paulo de Futebol Júnior, os haitianos da Academia Pérolas Negras viraram a sensação do torneio. Agora, já instalados em Paty do Alferes, no Rio de Janeiro, os jovens jogadores do projeto da ONG Viva Rio têm outra meta: treinar em um campo oficial.

Para construir o campo, foi lançada uma campanha de financiamento coletivo que busca arrecadar R$ 150 mil, com contribuições a partir de R$ 20.

“Precisamos muito do campo para treinar e jogar, ele está inserido dentro de um contexto de trabalho mais amplo. É um passo importante dentro processo para conseguirmos moradia, educação, alimentação e acompanhamento especializado, tudo o que um atleta de alto rendimento precisa”, afirma Rafael Novaes, técnico do time.

Criada pelo Viva Rio, a Academia Pérolas Negras tem o objetivo de promover o talento e resgatar a autoestima de jovens haitianos, dando-lhes a chance de se tornar um atleta.

No Haiti, mais de 120 meninos e meninas, entre 11 e 18 anos, treinam e estudam na academia. Os que se destacam têm a chance de vir para o Brasil, explica Rafael. “Nosso objetivo é encaminhar os que estão aqui [para outros clubes] e formar e dar oportunidade para os próximos.”

Entre as recompensas para quem colaborar, estão previstos vídeo de agradecimento, gravação do nome do doador em placa de acrílico que ficará no centro de treinamento, livro com a história do time, camisa oficial autografada e tarde com os jogadores.

Por QSocial