Tizuka Yamasaki retrata o humor de Tomie Ohtake

15/12/2014 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 19:20

“Não me interessava falar sobre a obra dela, porque já foi muito documentada. Mas eu não via em nenhum lugar a Tomie [Ohtake] que eu conhecia, uma pessoa com muito humor”, explica a cineasta Tizuka Yamasaki, sobre o desafio de retratar a artista plástica que poucos, só os mais íntimos, conhecem.

Tomie Ohtake (sentada) e Tizuka Yamasaki
Tomie Ohtake (sentada) e Tizuka Yamasaki

Foi na intimidade do almoço de família aos domingos, que reúne os filhos, Ricardo e Ruy, que Tizuka colocou foco. “São pessoas que acabaram fazendo uma trajetória com certeza muito influenciada pela mãe, e que são brilhantes profissionais. Não é qualquer mãe que tem dois filhos com essa grandeza.”

Numa das cenas mais tocantes do documentário “Tomie”, que estreia hoje, às 20h, no MIS (Museu da Imagem e do Som), com Catraca Livre, a artista plástica conta que saiu do Japão aos 22 anos para poder pintar. “Mulher com minha idade tinha de casar”, diz.

Aos 65 anos, Tizuka se diz impressionada com o fato de Tomie, aos 101 anos, ainda trabalhar. “Ela não larga. Isso é o ar que ela respira, a comida que ela come, a saúde que ela tem. É um exemplo para qualquer pessoa. É fantástico.”

Por QSocial

*Este texto faz parte do projeto Geração Experiência, que tem como objetivo mostrar histórias de pessoas com mais de 60 anos que são inspiração para outras de qualquer idade.