Cinemateca homenageia a Semana da Crítica
Os melhores filmes franceses e brasileiros ganham exibição em comemoração ao 50 anos da Semana da Crítica do Festival de Cannes
A Semana da Crítica do Festival de Cannes completa 50 anos. E a Cinemateca, juntamente com a Embaixada da França no Brasil, o Institut Français e a Cinemateca da Embaixada da França comemoram.
De 3 a 11 de dezembro, o espaço exibe os melhores filmes franceses e brasileiros do festival francês nesse meio século de vida, com entrada a R$ 8.
O panorama francês traz grandes nomes, como Leos Carax, diretor de “Boy meets girl”, além de Julie Bertucelli e François Ozon. Já a seção brasileira apresenta os primeiros longas de Paulo César Saraceni, André Klotzel, Carlos Diegues, André Faria, Jorge Bodanzky e Orlando Senna.
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Sobre a Semaine de La Critique
Foi idealizada em 1961, paralela ao ao Festival de Cannes, que exibiu o filme “The Connection”, da America Shirley Clarke, desafiando os parâmetros da curadoria do evento.
A projeção provocou tanto sucesso, que o então diretor artístico de Cannes, Robert Favre Le Bret, repetiu e ampliou a experiência.
No ano seguinte, a semana ganhou o suporte da Association Française de La Critique e espaço para projeção de filmes do mundo todo no Festival de Cannes. A iniciativa tornou o evento uma das formas mais eficazes na revelção de talentos e tendências do cinema mundial.
A “Semana da Crítica” tornou-se um painel de ampla visibilidade para o novo cinema produzido. Dentre os nomes que passaram pela semana, estão Bernardo Bertolucci, Jean Eustache, Paulo César Saraceni, Carlos Diegues, entre outros.
Confira abaixo a programação completa por dia:
Dia 3
Sala Cinemateca BNDES
16h30 – Areia (Brasil, 2008, 12´. Dir.: Caetano Gotardo. Livre).
Uma mulher de meia-idade e um adolescente estão sentados numa praia. Ela começa a reviver, em sua cabeça, um primeiro encontro de muitos anos antes. Anatomia lírica da memória de uma relação amorosa, “Areia” foi exibido na Semana da Crítica de 2008.
Na sequência
Porto das Caixas (Brasil, 1962, 75´. Dir.: Paulo César Saraceni. 16 anos).
Disposta a matar o marido que a oprime, uma mulher procura a ajuda de seu amante e de diversos homens. Sem encontrar apoio neles, decide assassiná-lo sozinha. Lançado nos anos 1960, “Porto das caixas” serviu como estopim para o Cinema Novo, movimento de vanguarda que iria explodir no ano seguinte, com a realização dos filmes “Vidas secas”, “Os fuzis” e “Deus e o diabo na terra do sol”. Porém, diferente destes três,o filme focava o ambiente urbano e retratava de maneira direta, sem maiores cargas de simbolismo, as angústias de pessoas à margem dos grandes centros e das possibilidades de ascensão. A personagem principal, interpretada com grande expressividade por Irma Álvares, é reflexo disso: dona de casa submissa, ela tenta, por meio de seu poder de sedução, fugir do aparente determinismo no qual está enjaulada. Destaque para a fotografia de Mario Carneiro.
20h30 – O pornógrafo (Le pornographe. França/Canadá, 2001, 108´. Dir.: Bertrand Bonello. 18 anos).
Diretor de cinema que fez a carreira nos anos 1970 dirigindo filmes pornográficos enfrenta problemas financeiros e decide voltar à ativa. Incomodado com os novos modelos de trabalho no cinema, ele também ameaça com sua decisão o já turbulento relacionamento com o filho. Estrelado por Jean-Pierre Léaud, ator que trabalhou com François Truffaut, Jeal-Luc Godard e Glauber Rocha, “O pornógrafo” recebeu o Prêmio FIPRESCI no Festival de Cannes 2001.
Dia 4
Sala Cinemateca BNDES
16h30 – A Distração de Ivan (Brasil, 2010, 17´. Dir.: Cavi Borges e Gustavo Melo. 10 anos).
Menino de 11 anos vive com a avó no subúrbio do Rio de Janeiro. Em meio a brincadeiras e brigas com os amigos de rua, ele conquista sua maturidade. Retrato lírico do cotidiano de um garoto pobre, “A distração de Ivan” foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2010.
Na sequência
A marvada carne (Brasil, 1985, 77´. Dir.: André Klotzel. Livre).
Caipira vive nos rincões da mata na companhia do cachorro e de sua cabra de estimação. Cansado da vida, ele resolve cair no mundo e procurar a solução para duas questões que o incomodam: arranjar uma boa moça para o casório e comer a tal carne de boi, um desejo que rumina dentro dele sem parar. Com desenvoltura rara para um estreante, o cineasta André Klotzel faz em “A marvada carne” uma homenagem ao universo da cultura caipira, vista aqui num embate com a cultura da cidade. Adaptação de uma peça teatral de Alfredo Soffredini, o filme também recorre à mitologia brasileira ao colocar em cena figuras como o Saci e o Curupira. Uma das comédias mais divertidas do moderno cinema brasileiro, ganhou nove troféus Kikito no Festival de Gramado de 1984. Foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 1985.
20h30 – Desde que Otar partiu… (Depuis qu’Otar est parti… . França/ Bélgica, 2003, 103´. Dir.: Julie Bertucelli. 14 anos).
Três mulheres vivem num apartamento na capital da Geórgia, país marcado pelo fim do regime soviético. A primeira, a matriarca, anseia que seu filho, um médico que saiu do país para trabalhar na França, volte para casa. A segunda, sua filha, se ressente do amor excessivo da mãe pelo filho. A terceira, sua neta, é uma jovem rebelde. A convivência familiar é abalada quando recebem notícias preocupantes de Paris. Vencedor do Prêmio de Melhor filme da Semana da Crítica no Festival de Cannes de 2003.
Dia 6
Sala Cinemateca BNDES
19h – Um ramo (Brasil, 2007, 15´. Dir.: Juliana Rojas e Marco Dutra. 10 anos).
Clarisse descobre que uma folha está crescendo em seu braço. Ela arranca e esconde o fato da família, mas as folhas continuam a crescer em várias partes de seu corpo. Exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2007.
Na sequência
Iracema – uma transa amazônica (Brasil, 1974, 90´. Dir.: Jorge Bodanzky e Orlando Senna. 14 anos).
Menina do interior vai a Belém para participar das comemorações do Círio de Nazaré. Levada para a prostituição, ela deseja mudar para o Sudeste. Num cabaré, conhece um motorista de caminhão, que transporta madeira. Sonhando com a cidade grande, ela pede carona e os dois partem em viagem pela Rodovia Transamazônica. Em tensão com a propaganda oficial do governo militar, o filme também documenta diversos aspectos da tragédia social amazônica – queimadas, trabalho escravo e prostituição infantil. Premiado em diversos festivais internacionais, “Iracema – uma transa amazônica” foi proibido pela censura no Brasil. Anos depois, finalmente liberado, foi o grande vencedor do Festival de Brasília de 1981. Prêmio Jeune Cinéma no Festival de Cannes de 1976.
21h – Prata Palomares (Brasil, 1970-1971, 110´. Dir.: André Faria. 16 anos).
Cercado por inimigos, dois guerrilheiros se escondem na igreja de uma pequena cidade e esperam uma oportunidade para fugir do cerco que se fecha sobre eles. Com cenografia e figurinos da arquiteta modernista Lina Bo Bardi, projetista do MASP, e roteiro do encenador e dramaturgo José Celso Martinez Correa, criador do Teatro Oficina, “Prata Palomares” foi prontamente censurado pelas autoridades militares por tratar de assuntos tabus para a época como a guerrilha. Foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 1972.
Dia 7
Sala Cinemateca Petrobras
18h30 – Areia (Brasil, 2008, 12´. Dir.: Caetano Gotardo. Livre).
Uma mulher de meia-idade e um adolescente estão sentados numa praia. Ela começa a reviver, em sua cabeça, um primeiro encontro de muitos anos antes. Anatomia lírica da memória de uma relação amorosa, “Areia” foi exibido na Semana da Crítica de 2008.
Na sequência
Porto das Caixas (Brasil, 1962, 75´. Dir.: Paulo César Saraceni. 16 anos).
Disposta a matar o marido que a oprime, uma mulher procura a ajuda de seu amante e de diversos homens. Sem encontrar apoio neles, decide assassiná-lo sozinha. Lançado nos anos 1960, “Porto das caixas” serviu como estopim para o Cinema Novo, movimento de vanguarda que iria explodir no ano seguinte, com a realização dos filmes “Vidas secas”, “Os fuzis” e “Deus e o diabo na terra do sol”. Porém, diferente destes três,o filme focava o ambiente urbano e retratava de maneira direta, sem maiores cargas de simbolismo, as angústias de pessoas à margem dos grandes centros e das possibilidades de ascensão. A personagem principal, interpretada com grande expressividade por Irma Álvares, é reflexo disso: dona de casa submissa, ela tenta, por meio de seu poder de sedução, fugir do aparente determinismo no qual está enjaulada. Destaque para a fotografia de Mario Carneiro.
20h30 – Ganga Zumba, (Brasil, 1963-1964, 120´. Dir.: Carlos Diegues; 14 anos).
Escravos de um engenho do Nordeste tramam uma fuga para o Quilombo dos Palmares, comunidade formada por negros que recusam a exploração dos senhores do açúcar. Entre eles, está o jovem Ganga Zumba, futuro líder da república revolucionária. Baseado no livro de João Felício dos Santos, “Ganga Zumba” foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 1964. Primeiro longa-metragem de Carlos Diegues, o filme será exibido em cópia restaurada pelo CNC – Centre National du Cinéma.
Dia 8
Sala Cinemateca Petrobras
19h – O pornógrafo (Le pornographe. França/Canadá, 2001, 108´. Dir.: Bertrand Bonello. 18 anos).
Diretor de cinema que fez a carreira nos anos 1970 dirigindo filmes pornográficos enfrenta problemas financeiros e decide voltar à ativa. Incomodado com os novos modelos de trabalho no cinema, ele também ameaça com sua decisão o já turbulento relacionamento com o filho. Estrelado por Jean-Pierre Léaud, ator que trabalhou com François Truffaut, Jeal-Luc Godard e Glauber Rocha, “O pornógrafo” recebeu o Prêmio FIPRESCI no Festival de Cannes 2001.
21h – Saliva (Brasil, 2007, 15´. Dir.: Esmir Filho. 10 anos).
Durante uma tarde no shopping center, uma menina de 12 anos prestes a dar seu primeiro beijo se perde em dúvidas, devaneios e medos, mergulhados em saliva. Contando com trilha sonora original de Fernanda Takai e John Ulhoa, membros do grupo pop Pato Fu, o curta-metragem conquistou os prêmios de Melhor Filme no Festival Cultura Inglesa, Melhor Direção no Festival de Gramado e Melhor Curta no Festival Internacional de Filmes da Cataluña, entre outros.
Na sequência
Sitcom – nossa linda família (Sitcom. França, 1998, 85´. Dir.: François Ozon. 16 anos).
Patriarca de uma família burguesa decide levar um rato domesticado para casa. Apesar de aparentemente inofensivo, o animal provoca mudanças profundas de personalidade nos membros da família. O filho mais novo assume sua homossexualidade e promove orgias dentro de casa. Chocada com essa situação, a mãe tenta dissuadi-lo de sua nova orientação sexual. A irmã mais velha tenta o suicídio e depois vira adepta de práticas sadomasoquistas. Mas é o pai dessa família que vai passar pela maior das transformações. Primeiro longa-metragem de Ozon, diretor de, entre outros, “Oito mulheres” e “Swimming pool”.
Dia 9
Sala Cinemateca Petrobras
19h – Desde que Otar partiu… (Depuis qu’Otar est parti… . França/ Bélgica, 2003, 103´. Dir.: Julie Bertucelli. 14 anos).
Três mulheres vivem num apartamento na capital da Geórgia, país marcado pelo fim do regime soviético. A primeira, a matriarca, anseia que seu filho, um médico que saiu do país para trabalhar na França, volte para casa. A segunda, sua filha, se ressente do amor excessivo da mãe pelo filho. A terceira, sua neta, é uma jovem rebelde. A convivência familiar é abalada quando recebem notícias preocupantes de Paris. Vencedor do Prêmio de Melhor filme da Semana da Crítica no Festival de Cannes de 2003.
21h – O desafio (Brasil, 1964, 100´. Dir.: Paulo César Saraceni. 14 anos).
Depois do golpe de 1964, que instaura a ditadura militar no país, um escritor e jornalista apaixona-se pela mulher de um industrial. Em crise, ele agoniza por sua impotência diante dos fatos políticos que acometem o país e sofre com a prisão de seus colegas. Enquanto isso, a mulher não suporta a vida fútil e vazia ao lado do marido rico. Segundo longa-metragem de Saraceni, “O desafio” é uma das principais expressões do impasse ideológico vivido pela classe artística brasileira depois da ascensão dos militares ao poder. Prêmio Historiadores do Cinema Mundial no Festival de Cannes de 1965.
Dia 10
Sala Cinemateca BNDES
16h – A distração de Ivan (Brasil, 2010, 17´. Dir.: Cavi Borges e Gustavo Melo. 10 anos).
Menino de 11 anos vive com a avó no subúrbio do Rio de Janeiro. Em meio a brincadeiras e brigas com os amigos de rua, ele conquista sua maturidade. Retrato lírico do cotidiano de um garoto pobre, “A distração de Ivan” foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2010.
Na sequência
A marvada carne (Brasil, 1985, 77´. Dir.: André Klotzel. Livre).
Caipira vive nos rincões da mata na companhia do cachorro e de sua cabra de estimação. Cansado da vida, ele resolve cair no mundo e procurar a solução para duas questões que o incomodam: arranjar uma boa moça para o casório e comer a tal carne de boi, um desejo que rumina dentro dele sem parar. Com desenvoltura rara para um estreante, o cineasta André Klotzel faz em “A marvada carne” uma homenagem ao universo da cultura caipira, vista aqui num embate com a cultura da cidade. Adaptação de uma peça teatral de Alfredo Soffredini, o filme também recorre à mitologia brasileira ao colocar em cena figuras como o Saci e o Curupira. Uma das comédias mais divertidas do moderno cinema brasileiro, ganhou nove troféus Kikito no Festival de Gramado de 1984. Foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 1985.
19h – Um Ramo (Brasil, 2007, 15´. Dir.: Juliana Rojas e Marco Dutra. 10 anos).
Clarisse descobre que uma folha está crescendo em seu braço. Ela arranca e esconde o fato da família, mas as folhas continuam a crescer em várias partes de seu corpo. Exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 2007.
Na sequência
Iracema – uma transa amazônica (Brasil, 1974, 90´. Dir.: Jorge Bodanzky e Orlando Senna. 14 anos).
Menina do interior vai a Belém para participar das comemorações do Círio de Nazaré. Levada para a prostituição, ela deseja mudar para o Sudeste. Num cabaré, conhece um motorista de caminhão, que transporta madeira. Sonhando com a cidade grande, ela pede carona e os dois partem em viagem pela Rodovia Transamazônica. Em tensão com a propaganda oficial do governo militar, o filme também documenta diversos aspectos da tragédia social amazônica – queimadas, trabalho escravo e prostituição infantil. Premiado em diversos festivais internacionais, “Iracema – uma transa amazônica” foi proibido pela censura no Brasil. Anos depois, finalmente liberado, foi o grande vencedor do Festival de Brasília de 1981. Prêmio Jeune Cinéma no Festival de Cannes de 1976.
21h – Boy meets girl (França, 1984, 100´. Dir.: Leos Carax. 14 anos).
Jovem aspirante a cineasta é abandonado pela namorada, que o troca por seu melhor amigo. Ao mesmo tempo, não consegue avançar em seus projetos e, para piorar, tem de se alistar no exército nos próximos três dias. Sem perspectiva, ele ocupa seus últimos dias de liberdade flanando por becos escuros da capital francesa. Prêmio da Juventude no Festival de Cannes de 1984. Primeiro longa-metragem de Leos Carax.
Dia 12
Sala Cinemateca BNDES
14h – Ganga Zumba, (Brasil, 1963-1964, 120´. Dir.: Carlos Diegues; 14 anos).
Escravos de um engenho do Nordeste tramam uma fuga para o Quilombo dos Palmares, comunidade formada por negros que recusam a exploração dos senhores do açúcar. Entre eles, está o jovem Ganga Zumba, futuro líder da república revolucionária. Baseado no livro de João Felício dos Santos, “Ganga Zumba” foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 1964. Primeiro longa-metragem de Carlos Diegues, o filme será exibido em cópia restaurada pelo CNC – Centre National du Cinéma.
16h30 – Saliva (Brasil, 2007, 15´. Dir.: Esmir Filho. 10 anos).
Durante uma tarde no shopping center, uma menina de 12 anos prestes a dar seu primeiro beijo se perde em dúvidas, devaneios e medos, mergulhados em saliva. Contando com trilha sonora original de Fernanda Takai e John Ulhoa, membros do grupo pop Pato Fu, o curta-metragem conquistou os prêmios de Melhor Filme no Festival Cultura Inglesa, Melhor Direção no Festival de Gramado e Melhor Curta no Festival Internacional de Filmes da Cataluña, entre outros.
Na sequência
Sitcom – nossa linda família (Sitcom. França, 1998, 85´. Dir.: François Ozon. 16 anos).
Patriarca de uma família burguesa decide levar um rato domesticado para casa. Apesar de aparentemente inofensivo, o animal provoca mudanças profundas de personalidade nos membros da família. O filho mais novo assume sua homossexualidade e promove orgias dentro de casa. Chocada com essa situação, a mãe tenta dissuadi-lo de sua nova orientação sexual. A irmã mais velha tenta o suicídio e depois vira adepta de práticas sadomasoquistas. Mas é o pai dessa família que vai passar pela maior das transformações. Primeiro longa-metragem de Ozon, diretor de, entre outros, “Oito mulheres” e “Swimming pool”.
18h30 – Quando os homens caem (Regarde les hommes tomber. França, 1994, 90´. Dir.: Jacques Audiard. 16 anos).
Entediado e deprimido com a vida, um vendedor de meia-idade confia apenas em seu novo amigo, um jovem policial. Mas a amizade é interrompida quando o rapaz é baleado. O vendedor decide então tomar as rédeas da investigação. Filho do famoso roteirista e diretor Michel Audiard, Jacques Audiard iniciou sua carreira como montador e, depois, seguindo a trilha do pai, assumiu o cargo de roteirista, trabalhando com grandes nomes do cinema francês como Georges Lautner e Claude Miller. “Quando os homens caem” é seu primeiro longa e nele Audiard já revela seu gosto pelo cinema noir e pelo humor cáustico. O filme conta com a atuação de Mathieu Kassovitz, diretor de “O ódio”, e de Jean-Louis Trintignant, ator consagrado que trabalhou com Roger Vadim, Costa-Gavras, Bernardo Bertolucci e Eric Rohmer. Ganhador do Prêmio César, “Quando os homens caem” foi exibido na Semana da Crítica do Festival de Cannes de 1994. Jaques Audiard é também diretor de “O profeta”, exibido recentemente em São Paulo e premiado em Cannes em 2009.