Evento celebra lançamento de biografia de Fela Kuti
Músico exerceu grande atuação política na Nigéria, contestando o sistema capitalista e colonialista
Fela Kuti (1937 – 1997), músico e ativista político nigeriano, além de ser considerado o pai do “afrobeat” (mistura de jazz, funk e ritmos africanos), entrou para história da música contemporânea como um revolucionário, constestador e visionário africano.
Suas músicas denunciavam a corrupção, a injustiça social, criticavam os Estados subservientes às potências europeias capitalistas e conclamavam os ouvintes a defender o panafricanismo. Suas canções romperam as fronteiras do continente africano e incomodaram autoridades. Perseguido, preso várias vezes e, outras tantas, espancado, jamais deixou de viver nos bairros pobres das periferias de Lagos, apesar do sucesso e da fama.
Esta fantástica história de vida virou livro em 1982. “Fela, Fela! This Bitch of a Life“, de Carlos Moore, atravessou quase duas décadas sem ser lançado no Brasil. Até agora. Neste sábado, em evento que será celebrado na Matilha Cultural, o livro finalmente ganha uma edição em português: “Fela – Esta Puta Vida”.
Nas pick-ups, DJs que atuam nas “Festas Fela”, celebrações anuais em tributo ao nigeriano que ocorrem em várias cidades do Brasil: Haru, MZK, RamiroZ, Tahira e Tchuna.
O documentário “Music is my Weapon” (1982), dirigido por Stéphane Tchal Djieff e Jean-Jacques Fiori, que aborda as lutas e a carreira do nigeriano (que chegou a ser “anti-candidato” à presidência da Nigéria), também será exibido.
Confira a seguir um trecho do documentário “Music is my weapon”: