Festival “CarnaSka” invade a zona norte
Em fevereiro, tem carnaval e muito Ska também
Ska. Quem procura sua definição, descobre um gênero musical originado na Jamaica nos anos 1950, precursor do rocksteady e do reggae. Mais do que uma definição, o Ska, em sua forma mais pura, é um daqueles estilos peculiares e donos de uma sonoridade única.
O estilo, que nasceu ligado ao período de grande entusiasmo e afirmação dos valores culturais locais, foi chamado por Steve Barrow, fundador da gravadora Blood and Fire, de “declaração de independência musical jamaicana”.
Para festejar o carnaval de forma diferente, longe de pandeiros e tamborins, o ritmo das batidas, as linhas de baixo consistentes e a criatividade dos metais invadem o palco do CCJ (Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso) com o “CarnaSka” neste sábado, 4, das 13h30 às 22h, com entrada Catraca Livre.
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O projeto é inspirado no “Skarnaval”, organizado desde 2002 pela banda Sapo Banjo, no Hangar 110. “A idéia era pegar um pouco do conceito e fazer um evento maior e gratuito para mostrar ao público os expoentes do Ska”, diz o curador do evento, Bruno Lancellotti. Ele ainda explica que o critério de escolha das bandas foi feito a partir da relevância dos grupos perante o cenário musical.
O festival reúne oito bandas nacionais e internacionais como Don Robalo (Rio de Janeiro), Coquetel Acapulco (Rio de Janeiro), BaBoom (São Bernardo do Campo), Larika (República Tcheca), Sapo Banjo (São Bernardo do Campo), Peixoto & Maxado (São Paulo), The Slackers (EUA) e Móveis Coloniais de Acaju (Brasília).
Lancellotti ressalta, ainda, que “em uma cidade com quase 20 milhões, é importante que haja sempre o fomento do Estado oferecendo esse tipo de entretenimento em forma de cultura”.
Para o baixista do Sapo Banjo, Edu Zambetti, a importância de tocar em um evento desta grandeza é a possibilidade de trocar experiências musicais: “Talvez o melhor termo para esse tipo de festival seria ‘expressivo’ pois, além do intercâmbio entre os integrantes das bandas, possibilita também travar um diálogo com o público”.
Outro fator destacado pela banda, formada por Mau (voz e trombone), Felippe Pipeta (voz e trompete), Bato (bateria), Edu Zambetti (Contrabaixo), Ramiro Gava (voz e guitarra) é o fato do evento dinamizar a cena alternativa. “A busca desenfreada por atenção travada diariamente pelas bandas alternativas tem aí sua colaboração”, completa o baixista.
Ska de Nova York traz blues, soul, rock e dub
Com um som bastante tradicional e ao mesmo tempo inovador, os nova-iorquinos do The Slackers são considerados um dos mais importantes nomes do Ska mundial. Embora influenciados por criadores da música jamaicana, como os Skatalites, no gosto do grupo formado por Glen Pine (trombone e voz), Agent Jay (guitarra), Vic Ruggiero (voz e orgão), Dave Hillyard (saxofone), Marcus Geard (baixo) e Ara Babajian (bateria), também há espaço para o blues, soul music, rock e dub.
Marcha-ska no Carnaval paulistano
As tradicionais marchinhas carnavalescas com releituras em forma de ska foram pensadas por terem um ritmo tão dançante quanto às famosas músicas que embalam o carnaval.