Memorial inaugura a exposição Cenas Sacras

A exposição investiga o “espírito de Natal” para além das confraternizações e do artificialismo comercial desta época do ano. Cenas Sacras se conecta à religiosidade profunda das pessoas comuns, tão marcante na cultura dos países da América Latina. É o que fica claro no espaço cenográfico concebido pelas curadoras Maureen Bisilliat e Adriana Beretta.

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São Longuinho: uma das peças da exposição

Serão expostos imagens e objetos sacros. Santas, santos e divindades não canônicas da crença popular: Gauchito Gil, Difunta Correa, Ceferino Namuncurá, São Longuinho, Santa Izildinha, São Simon, Padrinho Cícero; ex-votos de santuários nordestinos; anjos e diabos de santeiros paraguaios; uma cena natalina boliviana; Nossa Senhora Aparecida, a Virgem de Guadalupe e 24 imagens das padroeiras dos países latino-americanos são algumas das cenas sacras que, junto a um altar celebrando o Divino Espírito Santo, compõem esse mergulho na expressão religiosa da América Latina. Textos ilustrativos acompanham a exposição.

Conheça alguns dos destaques da exposição Cenas Sacras:

·Insólita cena natalina (presépio) construída pela artista popular boliviana radicada em São Paulo Íris Davola Córdoba. Ela trouxe da Bolívia 70 Barbies (bonecas) e as vestiu ricamente com roupas típicas de todas as etnias de seu país. “As vestimentas dos camponeses José, Maria e do menino Jesus foram primorosamente confeccionadas”, diz Bisilliat.

·Rostos de ex-votos esculpidos em madeira, cuja expressividade revelam a profunda ligação com o sagrado de quem os concebeu. Foram oferecidos como testemunho de gratidão em santuários como os de Juazeiro do Norte e Canindé (CE), Monte Santo e Igreja do Bonfim (BA).

Por Redação