“O Saci” completa 60 anos

Primeiro longa adaptado da literatura no Brasil, filme agora é lançado em DVD na Cinemateca

Por Redação
08/12/2011 10:47 / Atualizado em 05/05/2020 16:25

Símbolo do folclore brasileiro, o Saci Pererê, ou simplesmente Saci, ganhou sua representação na literatura, com Monteiro Lobato. E virou filme, dirigido por Rodolfo Nanni.

A produção da obra cinematográfica completa 60 anos e a Cinemateca Brasileira, com apoio do Centro Técnico Audio Visual (CTAv) e do Museu da Imagem e Som (MIS), homenageia a obra A exibição acontece neste sábado, 10, às 17h e promove encontro com o diretor na sequência. A entrada é Catraca Livre.

Primeiro longa-metragem infantil brasleiro, “O Saci” é também a primeira adaptação cinematográfica da obra de Monteiro Lobato. A trama narra as aventuras de personagens do livro “Sítio do Pica Pau Amarelo”.  Feito de forma independente, foi filmado com equipamentos da antiga produtora Cinematrográfica Maristela, entre 1951 e 1953, em Ribeirão Bonito.

Exibido no Festival de Veneza de 1954, “O Saci” conquistou os prêmios Saci, Governador do Estado e o Prêmio O Índio, em 1953.

Sobre o filme

Sala Cinemateca BNDES

Às17h – O Saci (São Paulo, 1953, 65´. Dir.: Rodolfo Nanni. Livre).
Pedrinho, Narizinho e a boneca de pano Emília vivem no sítio do Pica Pau Amarelo, com avó Dona Benta e Tia Anastácia. Pedrinho costuma ir à casa de Tio Barnabé para ouvir histórias do Saci, um negrinho endiabrado de uma perna só, que vive na floresta. Ao sair em busca do Saci, Pedrinho consegue apriosioná-lo numa garrafa, enquanto Narizinho, que passeia pela floresta, é transformada numa pedra por uma feiticeira. Pedrinho liberta o Saci da garrafa e, juntos, eles tentam tirar Narizinho das garras da malvada bruxa.


Na sequência: encontro com Rodolfo Nanni para lançamento do DVD

Sobre o diretor

Rodolfo Nanni é cineasta, roteirista e produtor e inaugurou o cinema infantil no Brasil, em 1953, com o filme “O Saci”. No final da década de 1940, morou em Paris, onde estudou pintura e cursou cinema no Institut dês hautes études cinématographiques (Idhec).

Voltou para o Brasil e fundou, junto com Ruy Santos, uma produtora de documentários. Nanni também dirigiu o drama “Cordélia, Cordélia”, de 1971, com a atriz Lilian Lemmertz, o documentário “O Drama das Secas”, em 1958 e “O Retorno”, sua última produção.