Pierre Alechinsky, no Tomie Ohtake

Até 7 de setembro, o Instituto Tomie Ohtake recebe a exposição “Alechinsky – 40 anos de colaboração com Peter Bramsen”.

Pierre Alechinsk

Parte da extensa obra em gravura de Pierre Alechinsky pode ser vista nesta exposição que reúne 100 litografias pertencentes ao Atelier Clot (Paris, França), de Peter Bramsen, também impressor e parceiro do artista belga há 40 anos. As obras reunidas pelos curadores Christian Bramsen e Valère Bertrand percorrem quase cinco décadas (1963 a 2002) da produção em gravura desenvolvida por Alechinsky a partir de 1948.

Pierre Alechinsky (Bruxelas, 1927), ao lado de nomes como Karel Appel, Asger Jorn, Constant, entre outros, fez parte do Grupo Cobra (1949-1951), que reunia artistas procedentes de Copenhagen, Bruxelas e Amsterdam. O movimento rejeitava o abstracionismo da pintura europeia do pós-guerra ao considerá-la sem vida, e trazia o inconsciente com questão central.

Conhecido por estabelecer diálogos com Jean Dubuffet (exposição retrospectiva no Instituto Tomie Ohtake, em 2009), o trabalho de Alechinsky também se conecta com a “art brut” ao se aproximar da arte praticada fora do contexto do mercado, como a das crianças e dos então “inconscientes”.

Pierre Alechinsk

Mas é com Pollock a sua maior afinidade, pelas espontâneas e dinâmicas pinceladas e pelo jogo de cores claras e escuras que constroem a profundidade da composição. Enquanto Pollock desenvolvia a sua obra na América, Alechinsky nos pequenos países da Europa no pós-guerra.