Choro, tango e maxixe

Pixinguinha

O choro nasce durante a segunda metade do século XIX como forma dos instrumentistas brasileiros tocarem os gêneros estrangeiros, tais como a polca, a mazurca, o schottisch, a valsa, entre outros. O choro era a designação do conjunto de músicos que tocavam aqueles gêneros. E, mais ainda, ir ao choro era ir a um encontro musical, que geralmente tinha também comes e bebes. Com o passar dos anos, o choro construiu-se como um gênero brasileiro, sendo a primeira música urbana do país, cujo nome-síntese para seu desenvolvimento é Pixinguinha. Mas, o que teria a ver, então, o tango e o maxixe com o choro? Eles misturavam-se em um grande caldeirão cultural naquela época.

O maxixe é a primeira dança urbana criada no país. Contemporânea do choro em sua formação, seu nome foi retirado de uma planta e se tornou uma folia muito popular no Rio de Janeiro, inclusive por ser sensual e realizada em pares. No final do século XIX, partituras com músicas de maxixe foram publicadas por nomes como Chiquinha Gonzaga, Sinhô e Eduardo Souto, sendo tocado pelos chorões nos bailes populares.

O tango brasileiro, por sua vez, foi uma forma mais estilizada e comportada de se tocar o maxixe, com destaque para as composições de Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga. Nazareth evitava colocar o nome de maxixe em suas partituras por serem “pouco coreográficas”.

Ao longo dos anos 1920, o maxixe foi perdendo espaço para outras danças, assim como a designação tango brasileiro foi desaparecendo, dando espaço ao termo choro.

“Seleção de Maxixes” com Banda Sinfônica de Recife – Pe:

“Odeon” (Nazareth) tango brasileiro com Arthur Moreira Lima ao piano:

Para saber mais sobre o Choro, leia o livro “Chorando na Garoa: Memórias Musicais de São Paulo” (adquira o seu através do link http://www.freenote.com.br/), mande e-mail para chorandonagaroa@gmail.com ou acesse a fanpage.