José Rielli, chorão sanfoneiro de Itu

02/07/2014 00:00 / Atualizado em 06/05/2020 16:24

 
 
A história de José Rielli, um ituano de coração mas natural de Pontedera, Itália, começa em 1885. Ainda aos sete anos, a família Rielli mudou-se do país europeu para o interior de São Paulo com o filho Giuseppe, conhecido em terras brasileiras como José. Em Itu, aprendeu as primeiras noções de música antes de mudar-se para o bairro do Brás, em São Paulo, onde, alguns anos depois, tornaria-se um dos mais importantes instrumentistas paulistas no início do século XX.

Em 1914, começou a gravar seu acordeon 78 rpm da Odeon/Casa Edison, tornando-se um pioneiro no registro do instrumento. Gravou também pela Columbia e pela paulistana Arte-fone. A partir de 1927, integrou o Sexteto Piratininga, primeiro conjunto do qual participou e com o qual gravou “Rapaziada do Brás” e “Luar de São Paulo”, valsas-choros clássicas de Alberto Marino. Em 1931, participou do primeiro filme brasileiro em forma de revista, “Coisas nossas”, dirigido por Wallace Downey. Também ficou conhecido como Giuseppe Rielli, seu nome de batismo.

Atuou na primeira rádio de São Paulo, a Educadora Paulista, e também na Cruzeiro do Sul, na Kosmos, na Record e na Difusora. Em 1941, organizou a Orquestra Típica Rielli, que passou a ser dirigida por um de seus quatro filhos, o compositor e maestro Emílio Rielli. Em 1946, gravou com Raul Torres e Florêncio o arrasta-pé “Feijão Queimado”, um grande e permanente sucesso das festas juninas.

Ficou em cartaz na Rádio Bandeirantes com o programa “Os Três Batutas do Sertão” durante cinco anos até Rielli falecer em 1947. Rielli é um exemplo importante da influência caipira na formação do choro em terras paulistas.

Confira o vídeo com a música “Feijão Queimado”:

Para saber mais sobre o Choro, leia o livro “Chorando na Garoa: Memórias Musicais de São Paulo” (adquira o seu através do link http://www.freenote.com.br/), mande e-mail para [email protected] ou acesse a fanpage.