O pagode baiano e o grupo Gera Samba

É o Tchan explodiu o gênero no Brasil

Os gêneros se influenciam e provocam até desdobramentos em novos ritmos. O pagode, uma ramificação do samba caracterizada como gênero em 1980, foi também alvo de mudanças. Incorporando instrumentos e assumindo uma posição mais comercial, com letra simples e repetitiva, surge o pagode baiano.

O grupo “É o Tchan”, lançado com o nome de Gera Samba, foi o principal representante desta vertente, popular na década de 1990.
Alguns de seus sucessos foram “Segure o tchan”, “Na boquinha da garrafa” e “A nova loira do Tchan”.

Além de contagiar as pessoas com um ritmo dançante, promoveu a disseminação de outros grupos de pagode. Entre eles, Terra Samba, Harmonia do Samba, Psirico, Parangolé e Pagod’Art.

Cada vez mais distante do samba e próximo do axé, o pagode baiano costuma ser rotulado agressivamente como lixo cultural, mas temos que enfatizar a representação legítima de um fenômeno popular de grande força e cercado de conexões com a herança africana – desde a dança até ao ritmo.

O termo genérico “pagode” remete a diversos significados, mas tem origem do samba e dos batuques dos escravos vindo da África para o Brasil. Enquanto estilo musical, refere-se a um produto cultural híbrido que tem um pé no Rio de Janeiro e outro na Bahia.