Pixinguinha, um batuta carinhoso
Alfredo da Rocha Vianna Filho, o carioca Pixinguinha (1897-1973), é figura absoluta da música brasileira, considerado um gênio por pesquisadores e críticos, um virtuose na flauta e um fundamental elemento para a formação de nossa música mais autêntica, com destaque para o choro e o samba.
Nascido no bairro do Catumbi em meio a uma família humilde e bastante musical, desde pequeno tocava cavaquinho e flauta, observando os boêmios com quem o seu pai tinha amizade. Compôs sua primeira obra, o choro Lata de Leite, aos 12 anos. Aos 13, participou de gravações com o conjunto Choro Carioca. Em plena adolescência, aos 15 anos, tocava profissionalmente em casas noturnas e teatros. Aos 20 anos formou o conjunto Os Oito Batutas, que excursionou pelo exterior divulgando a música do Brasil.
Além de compositor e instrumentista, foi regente e excepcional arranjador, trabalhando para a indústria fonográfica e para o rádio, lidando com desde marchas carnavalescas até valsas, passando por foxes, xotes e fados, sempre de maneira inovadora, aliando suas raízes afro com elementos de jazz e do folclore local.
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Durante os anos 1940, trocou a flauta pelo saxofone. Formou, então, uma dupla com o flautista Benedito Lacerda. Lacerda também ‘ganhou parcerias’ de temas que não escreveu de presente, como crédito por ajudar Pixinguinha, usualmente sem dinheiro. Tem uma extensa lista de clássicos como “Rosa”, “Lamentos”, “Ingênuo”, “Vou Vivendo”, “Proezas de Sólon” e a lendária “Carinhoso”. Dia 23 de abril, sua data de nascimento, é o Dia Nacional do Choro.