11 mil jovens infectados com HIV por ano na América Latina
Descubra dados impactantes e a necessidade urgente de políticas e serviços de saúde adequados para enfrentar essa realidade
O panorama da infecção por HIV na América Latina e no Caribe é preocupante. Diariamente, são registrados aproximadamente 30 novos casos de infecção entre adolescentes e jovens de 10 a 19 anos, segundo dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Isso significa que são cerca de 11 mil novos casos por ano.
Esta situação alarmante requer atenção e ações urgentes por parte dos governos. É fundamental implementar políticas públicas voltadas para a conscientização e a prevenção do HIV nesta faixa etária. Além disso, é crucial promover acesso a serviços básicos de saúde, em especial, aqueles relacionados à saúde sexual e reprodutiva.
Os desafios da prevenção do HIV entre adolescentes e jovens
Segundo a Unicef, a maior parte das novas infecções por HIV na América Latina e no Caribe ocorre entre adolescentes e jovens do sexo masculino.
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No entanto, as mulheres ainda são o grupo mais vulnerável a esta epidemia. As desigualdades de gênero, que muitas vezes colocam as mulheres em uma posição desprivilegiada para negociar relações sexuais seguras, são uma das principais causas desse fenômeno.
Além disso, a pobreza e a falta de acesso aos serviços de saúde também contribuem para que as mulheres sejam mais afetadas pelo HIV.
Muitas vivem em comunidades afastadas dos centros de saúde e, portanto, têm dificuldade em acessar programas de prevenção ao HIV e de saúde sexual e reprodutiva.
O que está sendo feito para combater a epidemia de HIV?
O Unicef está trabalhando ativamente para combater a epidemia de HIV na América Latina e no Caribe. A instituição estima que cerca de 34 mil mulheres grávidas na região necessitam de tratamento para prevenir a transmissão do vírus da mãe para o bebê.
Contudo, mesmo com todo o trabalho realizado, os progressos ainda estão longe de serem suficientes. O diretor regional do Unicef para a América Latina e o Caribe, Garry Conille, expressou sua preocupação com o fato de que muitos adolescentes e jovens estão sendo infectados pelo vírus desconhecendo seu status de HIV positivo.
Segundo ele, menos de 25% dos adolescentes têm acesso ao teste de HIV e o acesso aos serviços de saúde sexual e reprodutiva para adolescentes é limitado. Por isso, é crucial avançar em estratégias de prevenção e conscientização, bem como melhorar a cobertura dos serviços de saúde para a população jovem.