12 hábitos que ajudam a evitar 50% dos casos de demência, segundo estudo
Estudo aponta os fatores que podem ajudar na prevenção da demência e melhorar a saúde do seu cérebro
A demência já afeta cerca de 1,76 milhão de idosos brasileiros na atualidade, e esse número tende a aumentar caso nenhuma medida preventiva seja tomada.
Um estudo mundial chamado Global Burden Diseases, publicado na revista The Lancet Public Health, prediz que os casos de demência, incluindo Alzheimer, poderão triplicar até o ano de 2050, se nada for feito para frear esse cenário devastador.
No entanto, é fundamental salientar que temos condições de minimizar a probabilidade de desenvolver essa condição por meio do manejo de 12 fatores-chave.
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Esses 12 fatores foram elencados em 2020 num relatório publicado na mesma revista por um grupo de cientistas global. Ao modificar esses aspectos em nossas vidas, poderíamos prevenir ou, pelo menos, retardar a manifestação dessa doença degenerativa.
Qual é o papel desses fatores na prevenção da demência?
Com base nesse estudo, pesquisadores brasileiros decidiram estimar qual seria o impacto dessas medidas preventivas na população. Usando um levantamento com mais de 9 mil brasileiros, eles concluíram que evitar esses 12 fatores de risco poderia prevenir 48,2% dos casos de demência no país.
Segundo a geriatra Claudia Suemoto, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), os fatores que mais se destacaram no estudo brasileiro foram baixa escolaridade, hipertensão, perda auditiva e obesidade. Juntos, esses aspectos de risco correspondem a 27,7% dos casos de demência.
É essencial compreender que não se trata de uma doença para se preocupar apenas aos 70 anos. Adotar hábitos saudáveis na infância, adolescência e fase adulta são vitais para a prevenção.
Quais são os 12 fatores para a prevenção?
Com base no estudo, podemos listar e descrever brevemente os 12 principais fatores para a prevenção da demência.
- Educação e estimulação cognitiva: a educação aumenta a capacidade cognitiva e a manutenção de atividades cognitivas na meia-idade é fundamental para garantir um melhor funcionamento cerebral na velhice.
- Controle da pressão arterial: a hipertensão persistente na meia-idade aumenta o risco de demência no final da vida.
- Proteger a audição: a perda de audição na meia-idade pode resultar em declínio cognitivo.
- Evitar lesões cerebrais: traumas na cabeça podem levar à demência, então acidentes de carro, moto e bicicleta, e quedas podem aumentar o risco de pancadas na cabeça.
- Prática de exercícios físicos: a inatividade física depois dos 65 anos é um fator relevante para o desenvolvimento da demência.
- Prevenção do diabetes: esta condição pode aumentar o risco de demência.
- Não consumir álcool de forma exagerada: está associado a comprometimentos cognitivos e demência.
- Manter um peso saudável: o sobrepeso e a obesidade aumentam os riscos de várias doenças, incluindo a demência.
- Parar de fumar: pessoas que abandonam o tabagismo ficam mais protegidas contra o surgimento de demência.
- Tratamento da depressão: a depressão está diretamente ligada ao aumento do risco de demência.
- Contato social: manter relações sociais ajuda a evitar a demência.
- Evitar a exposição à poluição: a poluição do ar pode acelerar processos neurodegenerativos.
Diminuir os riscos de desenvolver demência é uma questão de hábitos saudáveis e consciência. É preciso estar atento a esses fatores-chave e buscar uma vida mais saudável para oferecer ao nosso cérebro o ambiente mais favorável possível.