Pesquisa revela 14 fatores de risco para demência precoce; veja o que evitar

O estudo é um grande avanço, pois alguns fatores são modificáveis e é possível agir para reduzir o risco de demência

Um grupo de pesquisadores de universidades europeias, ao estudar mais de 350 mil indivíduos com menos de 65 anos em todo o Reino Unido, identificou diversos fatores de risco para a demência de início precoce.

Os dados, coletados do estudo britânico UK Biobank, foram revistos em uma publicação na revista JAMA Neurology.

Pesquisa identifica vários fatores de risco para demência precoce
Créditos: Depositphotos/AndrewLozovyi
Pesquisa identifica vários fatores de risco para demência precoce

Quais são os fatores de risco?

A equipe analisou uma variedade extensa de possíveis causas para a condição neurológica, incluindo predisposições genéticas e influências de ambiente e estilo de vida.

No modelo final do estudo, vários fatores mostraram uma forte associação com um maior risco de demência de início precoce, como:

  1. baixo nível de escolaridade formal;
  2. baixo status socioeconômico;
  3. presença do alelo 2 da apolipoproteína ε4 no corpo;
  4. transtornos por uso de álcool;
  5. isolamento social;
  6. deficiência de vitamina D;
  7. níveis elevados de proteína C-reativa;
  8. menor força de preensão manual;
  9. deficiência auditiva;
  10. hipotensão ortostática;
  11. Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  12. diabetes;
  13. doença cardíaca;
  14. depressão.

A descoberta de que esses fatores podem influenciar no surgimento da demência de início precoce desafia a visão comum de que a genética é a única responsável pela doença.

Estudo também fala de prevenção

De acordo com os pesquisadores, é a primeira vez que resultados sugerem que é possível diminuir o risco da demência precoce ao focar em mudanças de saúde e estilo de vida.

Para o coautor do estudo, Sebastian Köhler, a equipe já tinha conhecimento de que há uma série de fatores de risco modificáveis para pessoas que desenvolvem demência em idade avançada: “O fato de que isso é igualmente evidente na demência de início precoce foi uma surpresa para mim e pode oferecer oportunidades para reduzir o risco nesse grupo também.”

Para David Llewellyn, professor da Universidade de Exeter e coautor do estudo, ainda há muito a aprender em termos de prevenção, identificação e tratamento de todas as formas de demência, mas essa nova pesquisa representa um grande avanço em direção a uma compreensão mais ampla da doença.

“De maneira empolgante, pela primeira vez, ele revela que podemos agir para reduzir o risco dessa condição debilitante, por meio do direcionamento de uma variedade de fatores diferentes”, conclui.