15 fatores de risco para demência precoce além da genética

Estudo com 350 mil participantes aponta novas direções na prevenção da demência

Por Thatyana Costa em parceria com João Gabriel Braga (Médico - CRMGO 28223)
29/10/2024 07:18

Sinal precoce de demência pode aparecer durante caminhada
Sinal precoce de demência pode aparecer durante caminhada - piovesempre/istock

Um estudo recente, envolvendo mais de 350 mil pessoas no Reino Unido, revelou 15 fatores de risco para o desenvolvimento de demência precoce, indo além da influência genética.

Publicada na revista JAMA Neurology em dezembro de 2023, a pesquisa utilizou dados do UK Biobank e destacou aspectos importantes de saúde e estilo de vida que podem contribuir para o surgimento da condição em indivíduos com menos de 65 anos.

Com mais de 4 milhões de casos de demência precoce ao redor do mundo, essa condição impacta a vida de muitos que ainda estão em plena fase produtiva.

A cada ano, cerca de 370 mil novos diagnósticos são feitos, reforçando a importância de compreender melhor os fatores de risco.

Principais fatores de risco identificados

Além da genética, os pesquisadores listaram fatores como baixa escolaridade, menor status socioeconômico, uso excessivo de álcool e isolamento social.

Outros elementos, como deficiência de vitamina D, níveis elevados de proteína C-reativa, AVC, diabetes e depressão, também foram destacados.

Essa descoberta ressalta a importância de considerar não apenas predisposições genéticas, mas também a adoção de hábitos saudáveis e a prevenção de doenças relacionadas.

A pesquisa sugere que, ao abordar esses fatores, é possível reduzir significativamente o risco de demência precoce.

Prevenção e próximos passos

Os pesquisadores acreditam que esse estudo marca o início de uma nova fase na prevenção da demência precoce. Mais investigações são necessárias para aprofundar o entendimento sobre os fatores que desencadeiam a condição e desenvolver tratamentos mais eficazes. A saúde mental, em especial, foi destacada como um fator essencial, com o estresse crônico, a solidão e a depressão figurando entre os elementos de risco.

Esses achados abrem portas para novas intervenções, visando a redução do risco da demência precoce e a melhora da qualidade de vida de milhões de pessoas.

Sintomas da demência precoce

A demência é uma condição que compromete a cognição, memória e o raciocínio, afetando as atividades diárias.

Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Perda de memória: Dificuldade em lembrar eventos recentes e informações importantes.
  • Dificuldade de comunicação: Troca de palavras e dificuldade em manter conversas.
  • Problemas de raciocínio: Tomada de decisões simples se torna um desafio.
  • Desorientação: Perda da noção de tempo e confusão sobre o local em que se encontra.

Caso esses sintomas sejam identificados, é importante buscar um médico para um diagnóstico e tratamento precoce.