15 fatores de risco para desenvolvimento e demência precoce

Veja os fatores de risco para demência precoce além da genética, segundo um estudo abrangente com mais de 350 mil participantes

23/11/2024 12:04

Em um estudo, com mais de 350 mil participantes com menos de 65 anos, em todo o Reino Unido, pesquisadores de várias universidades europeias identificaram vários fatores de risco para a demência precoce.

O estudo, publicado em dezembro de 2023 na revista JAMA Neurology, usou dados do UK Biobank.

A demência de início precoce afeta quatro milhões de pessoas no mundo, com cerca de 370 mil novos casos diagnosticados a cada ano. A condição é séria, pois atinge pessoas que normalmente ainda estão em idade produtiva. 

Fatores de risco para demência precoce
Fatores de risco para demência precoce - Depositphotos/stevanovicigor

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento de demência precoce?

Os fatores de risco para demência precoce são diversos e vão além da genética, de acordo com a pesquisa. São eles:

  1. genética;
  2. menor escolaridade;
  3. status socioeconômico mais baixo;
  4. presença do alelo 2 da apolipoproteína ε4;
  5. transtornos do uso de álcool;
  6. isolamento social;
  7. deficiência de vitamina D;
  8. níveis elevados de proteína C-reativa;
  9. menor força de preensão manual;
  10. deficiência auditiva;
  11. hipotensão ortostática;
  12. Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  13. diabetes;
  14. doença cardíaca;
  15. depressão.

Essa pesquisa desafia a noção de que a genética é a única causa da condição. Fatores de saúde e estilo de vida também desempenham um papel significativo.

Os fatores identificados sugerem que é possível diminuir o risco dessa condição ao direcionar esses fatores.

Próximos passos na pesquisa sobre demência

A equipe de pesquisadores espera que o estudo marque o início de uma nova etapa na prevenção da demência precoce. Além disso, o estudo aponta a necessidade de mais pesquisas na área para entender melhor os fatores que levam à condição e desenvolver tratamentos mais eficazes.

A pesquisa ainda destaca a importância de uma melhor saúde mental e prevenção do estresse crônico, solidão e depressão como fatores de risco.

Estes resultados podem abrir novas possibilidades de intervenção para redução do risco de demência precoce.

Veja os sintomas de demência

A demência é uma condição que afeta a cognição, memória e habilidades de pensamento, interferindo nas atividades diárias e na qualidade de vida. De acordo com a Associação de Alzheimer, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, representando de 60% a 80% dos casos.

Embora existam diferentes tipos de demência, alguns sintomas são comuns a muitas delas. Alguns dos principais sintomas, incluem:

  • Perda de memória – Dificuldade em lembrar eventos recentes e esquecimento frequente de compromissos, nomes e informações importantes.
  • Dificuldade de comunicação – Troca de palavras ou dificuldade em encontrar as palavras corretas. Desafios em seguir ou participar de conversas.
  • Problemas de raciocínio – Dificuldade em tomar decisões simples. Desafios em lidar com problemas que exigem raciocínio lógico.
  • Desorientação – Perda da noção de tempo, data e estação do ano, e confusão em relação ao local ou ambiente em que se encontra.
  • Dificuldade em realizar atividades cotidianas – Problemas ao executar tarefas familiares, como cozinhar ou vestir-se. Incapacidade de lidar com atividades que antes eram simples.
  • Mudanças de personalidade e comportamento – Alterações no humor, como irritabilidade ou apatia. Comportamento social inadequado ou falta de interesse em atividades antes apreciadas.
  • Mudanças no sono – Distúrbios no padrão de sono, como insônia ou sonolência excessiva durante o dia.

É importante ressaltar que a demência pode se manifestar de maneiras diferentes em cada pessoa, e a gravidade dos sintomas pode variar.

Se houver suspeitas, é fundamental procurar avaliação médica para um diagnóstico preciso e intervenção adequada.