2 em 1: ela descobriu que ‘mancha’ no corpo é irmã que não nasceu

A modelo e cantora Taylor Muhl, 33, da Califórnia, Estados Unidos, possui uma grande marca de nascença, que deixa parte de seu tronco e barriga de uma cor avermelhada, diferente do resto do corpo.

Ela descobriu que o seu lado diferente era, na verdade, uma irmã gêmea que teria mas que se fundiu a seu embrião, na fase inicial da gestação
Créditos: © Jim Jordan
Ela descobriu que o seu lado diferente era, na verdade, uma irmã gêmea que teria mas que se fundiu a seu embrião, na fase inicial da gestação

Mas foi em 2009 que ela descobriu que o seu lado diferente era, na verdade, uma irmã gêmea que teria (outro óvulo que também foi fecundado), mas que se fundiu ao embrião que corresponderia a seu ‘corpo’ dentro do útero, na fase inicial da gestação.

Taylor foi diagnosticada com quimerismo, condição genética extremamente rara, que ocorre quando um indivíduo é composto por duas ou mais linhas celulares geneticamente distintas, originárias de diferentes zigotos.

“Absorvi minha gêmea e carrego seu DNA”, diz ela em entrevista divulgada pelo Daily Mail.

Seu lado esquerdo (que corresponde à fusão da irmã) além de avermelhado é um pouco maior que o resto do corpo. Ela também possui dois sistemas imunes e dois fluxos de sangue, o que fez com que fosse considerada como sendo ‘dois corpos em um só’, segundo matéria. Veja fotos:

A divisão bem marcada do tronco de Muhl torna seu caso ainda mais raro, já que a maioria das pessoas ou animais que possuem a mesma condição apresentam apenas sintomas internos ou marcas bem pequenas.

Estima-se que existem apenas 100 casos conhecidos de quimerismo humano e a maioria das pessoas que possuem essa condição só descobrem quando realizam testes sanguíneos.

Taylor conta que escondeu seu diagnóstico por muito tempo, mas agora resolveu tornar sua condição pública. “Eu sempre mantive o meu estômago em segredo, encobrindo-o ou usando Photoshop. Mas agora eu quero abraçar o que sou. Quero inspirar as pessoas a se sentirem bonitas e confiantes com a diferença”, afirma.

Em entrevista, Taylor diz que quando era pequena era obcecada por gêmeos. Ela sempre perguntava se tinha uma irmã gêmea, o que deixava mãe confusa. Além de sempre querer brincar de gêmea com as amigas.

Mesmo não sabendo que compartilhava o DNA de sua irmã, Muhl sentia que tinha algo de diferente nela.

Devido ao quimerismo, ela sofre constantemente com resfriados, enxaquecas e com dores fortes durante o período menstrual, além de ter alergias a certos metais em apenas um lado do corpo.

Tudo isso é causado pelo fato dela ter dois sistemas imunes diferentes, que também acabam ficando enfraquecidos enquanto estão lutando contra as células do outro.