3 motivos que fazem o superfungo ser ameaça mundial
Autoridades de saúde trabalham para enfrentar essa ameaça pública
Nesta semana, o estado de São Paulo reportou o primeiro caso do superfungo Candida auris. O paciente, um bebê recém-nascido, está internado no Hospital da Mulher da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Enquanto isso, Pernambuco enfrenta um surto desse micróbio desde o início de maio, com nove casos registrados.
Motivos que fazem o superfungo ser ameaça mundial
As autoridades de saúde do país estão em alerta devido a esses eventos. Existem três principais razões pelas quais o micróbio é considerado uma ameaça pública.
A primeira razão é a multirresistência. Isso significa que o micróbio é resistente a vários antifúngicos comumente utilizados no tratamento de infecções por Candida. Algumas cepas são resistentes a todas as três classes disponíveis de antifúngicos, e sua letalidade pode chegar a 60%.
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A segunda razão é o diagnóstico. É difícil identificar corretamente o micróbio por meio dos métodos laboratoriais padrão, o que pode resultar em diagnósticos equivocados em laboratórios sem tecnologia específica. A identificação incorreta pode levar a uma gestão inadequada da infecção.
A terceira razão é a disseminação. O micróbio causou surtos em ambientes de saúde, tornando crucial a identificação rápida do Candida auris em pacientes hospitalizados, a fim de que os serviços de saúde possam adotar precauções especiais para evitar sua propagação.
O superfungo teve seu primeiro registro no mundo no Japão, em 2009. Desde então, aproximadamente 5 mil pessoas foram infectadas.