4 lições que a ansiedade me ensinou

Texto escrito por Bruna Lopes e publicado no Superela

Em parceria com Superela
05/03/2018 12:09 / Atualizado em 05/05/2020 09:56

“Mas Bruna, logo você, tão bonita, inteligente, sortuda na vida, foi cair nessa de transtorno ansioso depressivo?”

Pois é…

Precisamos entender de uma vez por todas que transtornos psicológicos – por menor ou maior que sejam – não têm a ver com sucesso, sorte, beleza ou qualquer outro fator relacionado.

Depressão, Transtorno de Ansiedade, Síndrome do Pânico, TOC e entre outras condições, são DOENÇAS. E doenças não deixam de atingir ninguém só porque este ser é inteligente, bonito ou bem-sucedido.

Superadas as crises com muito esforço e dedicação, ficaram lições valiosas, que servem para que eu me veja a cada dia mais distante desta realidade tão dura e silenciosa que assombra tantas de nós, muitas vezes sem que a gente perceba até estarmos verdadeiramente incapacitadas de vivermos.

Deixo aqui o meu relato pessoal das lições aprendidas neste período, e ressalto que estas foram as formas que eu encontrei para me recuperar. O caminho de cada uma de nós é diferente e seguir esta lista não é garantia de que funcionará para todas, mas espero, do fundo do coração, que ao seguirem o primeiro item desta lista, ficará mais fácil de encontrarem seu próprio caminho rumo a uma vida leve e feliz.

1. Procure ajuda psicológica e psiquiátrica

Parei de achar psicólogo e psiquiatra coisa de fracassado e passei a encarar qualquer ajuda como uma vitória e não uma derrota. 

Parte das minhas crises me impediam de procurar ajuda e por muito tempo achei que simplesmente ia melhorar sozinha, do dia para a noite. Eu achava que o psiquiatra me trataria como doida e que o psicólogo especularia minha vida.

O primeiro passo para quebrar esta barreira foi pedir ajuda para familiares, que me ajudaram a encontrar os melhores profissionais, me acompanharam, falaram por mim quando nem eu mesma sabia explicar o que tinha.

O resultado foi que encontrei um psiquiatra incrível, que me tratou super bem e me fez entender o quão abençoada eu sou por ter um problema relativamente simples e fácil de controlar. Hoje fico feliz por ir nas minhas consultas periódicas com ele e descanso tranquila por saber que estou em boas mãos.

Quanto à psicóloga, também foi outra surpresa positiva! Mais do que ter alguém para contar como foi a semana, tenho nela uma mentora que compartilha técnicas para que eu aprenda a superar as crises sozinha, o que fará com que futuramente eu consiga caminhar sozinha sem precisar ir às sessões para o resto da vida.

2. Respeitar o corpo é primordial

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