4 sintomas iniciais de demência para se atentar o quanto antes

A demência é uma condição neurodegenerativa caracterizada pela perda progressiva da função cognitiva, afetando a memória, o raciocínio e as habilidades de comunicação.

Embora a perda de memória seja um dos sintomas mais conhecidos, a doença vai além disso, manifestando-se por diversos sinais que podem ser observados no dia a dia.

No Brasil, estima-se que 1,76 milhão de pessoas convivam com alguma forma de demência, e o número pode chegar a 5,5 milhões até 2050, devido ao envelhecimento da população. Abaixo, abordamos os principais sinais dessa condição.

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Dificuldade para planejar e seguir instruções

Uma das primeiras dificuldades que podem surgir em indivíduos com demência é a incapacidade de realizar tarefas cotidianas simples, como cozinhar uma receita ou lavar a louça.

Isso acontece porque a doença afeta a função executiva do cérebro, responsável por planejar, organizar e coordenar atividades. Quando as pessoas não conseguem lembrar os passos de uma tarefa, ou a ordem em que devem realizá-la, surgem confusão e lentidão.

Essas dificuldades podem se intensificar com o avanço da doença, tornando a realização de atividades simples cada vez mais desafiadora.

Problemas em encontrar palavras

É comum, de vez em quando, esquecer uma palavra ou nome, mas quando essa dificuldade se torna frequente, pode ser um sinal de alerta. A demência causa danos ao cérebro, afetando as conexões que ajudam a pessoa a lembrar e encontrar a palavra certa no momento adequado.

O fenômeno da “palavra na ponta da língua” pode se tornar cada vez mais pronunciado, dificultando a comunicação e afetando a qualidade de vida do paciente. Em estágios mais avançados, a pessoa pode ter dificuldades não apenas para encontrar palavras, mas também para formar frases completas.

Insônia e cansaço excessivo

Com o envelhecimento, é normal que o padrão de sono das pessoas mude, mas, para aqueles que desenvolvem demência, essa alteração pode se intensificar. A insônia, acompanhada de cansaço excessivo, é comum em pacientes com doenças como Alzheimer.

A principal razão está na diminuição da produção de melatonina, o hormônio que regula o sono. Na demência, essa redução é ainda mais pronunciada, o que pode afetar o ciclo de sono do paciente. A dificuldade para dormir e a sensação constante de cansaço prejudicam a saúde física e mental do indivíduo, além de interferirem nas relações familiares e sociais.

Mudanças de humor e comportamento

Alterações no comportamento e no humor são frequentemente observadas em pessoas com demência, especialmente no tipo frontotemporal. Esse distúrbio afeta a parte frontal do cérebro, que é responsável pela regulação emocional e pela inibição de comportamentos.

Como resultado, o paciente pode se tornar mais agressivo, impulsivo ou até mesmo perder o interesse por atividades sociais. A perda da capacidade de controlar as emoções pode gerar frustração e irritação, tornando o ambiente familiar mais desafiador. Além disso, a pessoa pode se afastar de amigos e familiares, tornando-se mais isolada e menos sociável.

A importância de reconhecer os sinais precocemente

Embora os sinais de demência possam ser sutis no início, é crucial reconhecer os primeiros sintomas e procurar ajuda médica o quanto antes.

O diagnóstico precoce pode permitir uma intervenção mais eficaz, ajudando a controlar a progressão da doença e a melhorar a qualidade de vida do paciente. Além disso, os tratamentos disponíveis podem retardar a evolução da demência, proporcionando mais autonomia e bem-estar ao longo do tempo.

Se você ou alguém que você conhece apresenta sinais como dificuldade para realizar tarefas simples, problemas de memória frequentes, alterações no sono ou no humor, é importante buscar uma avaliação médica. O acompanhamento contínuo e o apoio da família desempenham um papel fundamental na gestão da demência.

Reconheça os sinais da demência: causas e fatores de risco

A demência afeta milhões de brasileiros e pode se manifestar por diversos sintomas, como dificuldades cognitivas e mudanças de comportamento. A Catraca Livre destaca que fatores como idade avançada, histórico familiar e condições como hipertensão e diabetes podem aumentar o risco de desenvolver a doença. A detecção precoce é essencial para o manejo adequado. Saiba mais aqui!