40% dos casos de demência são causados por estes hábitos
Ao menos 1,76 milhão de pessoas com mais de 60 anos têm alguma forma de demência no Brasil
Doze fatores de risco foram apontados como preponderantes para o desenvolvimento de demência, segundo levantamento realizado pelo grupo Modifying Dementia Risk, do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, no Reino Unido.
De acordo com o estudo, metade dos fatores levantados indica hábitos e estilo de vida evitáveis. “Como os tratamentos para demência são atualmente limitados, reduzir os fatores de risco de demência potencialmente modificáveis pode ser a maneira mais eficaz de reduzir as taxas futuras de demência”, explica a nota.
Saúde em primeiro lugar
Ao considerar o benefício da redução de 15% na prevalência de fatores de risco, “dezenas de milhares de casos” poderiam ter sido evitados, segundo os pesquisadores.
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“Uma redução de 15% na prevalência de obesidade, por exemplo, estaria associada a aproximadamente 3,1% na prevalência de demência menor, o que corresponderia a aproximadamente 182.100 casos em 2020”, escreveram eles.
A equipe de pesquisa também disse que os formuladores de políticas deveriam priorizar os esforços preventivos contra a prevalência de obesidade e hipertensão na meia-idade, bem como atividade física tardia. Segundo o estudo, esses 3 fatores de risco estão ligados à maior fração dos casos de demência nos Estados Unidos.
Como foi feito o estudo?
Para a pesquisa, a equipe usou riscos relativos e estimativas de prevalência estabelecidas pelo relatório da comissão Lancet.
Hábitos associados à demência
Os pesquisadores elencaram os seguintes fatores de risco potenciais que ajudam na progressão da demência:
baixa escolaridade;
perda de audição;
traumatismo cranioencefálico;
hipertensão (pressão alta);
consumo excessivo de álcool;
obesidade;
fumar;
depressão;
isolamento social;
inatividade física;
diabetes;
exposição à poluição do ar.