5 sinais silenciosos de doença renal crônica que você não deve ignorar, segundo nefrologista
Entenda por que fadiga, coceira e inchaço podem ser os primeiros sintomas de que seus rins precisam de atenção
A doença renal crônica (DRC) é uma condição progressiva e muitas vezes não apresenta sintomas em seus estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Bruno Zawadzki, nefrologista e diretor médico da DaVita Tratamento Renal, comenta que “muitas pessoas associam a doença renal a sintomas evidentes, como dor lombar ou alterações na urina, mas os sinais iniciais podem ser sutis e facilmente atribuídos a outras causas”.
Quais sinais exigem atenção?
- Fadiga e cansaço incomum
A redução na produção de eritropoietina — hormônio responsável pela produção de glóbulos vermelhos — pode levar à anemia, causando exaustão mesmo após repouso.
“Pacientes relatam cansaço extremo, mas raramente suspeitam de problemas renais. Esse é um alerta para investigar a saúde dos rins“, explica Dr. Zawadzki.
- Alterações na urina
Urina espumosa (sinal de proteína na urina), aumento da frequência urinária — principalmente à noite — ou redução no volume podem indicar mau funcionamento dos rins.
- Inchaço nas extremidades e ao redor dos olhos
A retenção de líquidos devido à incapacidade dos rins de filtrar adequadamente resulta em edema, especialmente em pés, tornozelos e região ocular.
O inchaço pode não estar necessariamente ligado ao consumo de sal; pode ser um sinal de que os rins estão sobrecarregados.
- Coceira constante e pele ressecada
O acúmulo de toxinas no sangue, como fósforo e ureia, pode causar prurido intenso.
Pacientes chegam a descrever uma coceira que não melhora com hidratantes. Isso reflete desequilíbrios minerais associados à doença renal.
- Pressão arterial elevada
A relação entre hipertensão e DRC é maior do que pensamos: rins danificados não regulam a pressão, e a pressão alta acelera a perda de função renal.
“Controlar a pressão é essencial para preservar os rins. Muitos só descobrem a doença renal durante investigações de hipertensão resistente“, ressalta.

Recomendação do nefrologista
Dr. Zawadzki enfatiza a importância da prevenção. “Exames de sangue e urina simples, como dosagem de creatinina e pesquisa de proteína, podem detectar alterações precoces. Quem tem diabetes, hipertensão ou histórico familiar deve realizar check-ups anuais.”
A detecção precoce permite intervenções que retardam a progressão da doença, melhorando a qualidade de vida.