7 exames que toda mulher deveria fazer, mas que muitas ainda adiam
Prevenção não pode esperar: veja quais exames são indispensáveis para cuidar da saúde e garantir qualidade de vida
O Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher, lembrado em 28 de maio, é um marco fundamental na conscientização sobre os desafios que ainda cercam a saúde feminina no Brasil e no mundo. A data reforça a importância do acesso à informação, ao atendimento de qualidade e, sobretudo, da prevenção, que salva vidas.
Apesar dos avanços na medicina e na oferta de exames, muitas mulheres ainda adiam cuidados básicos que fazem toda a diferença na detecção precoce de doenças. Câncer de mama, câncer de colo do útero, osteoporose, problemas cardíacos e outras condições comuns podem ser evitadas ou tratadas de forma mais eficaz quando descobertas cedo.
Por isso, listamos 7 exames essenciais que toda mulher deveria realizar regularmente, mas que ainda são deixados para depois por milhões de brasileiras. Entenda quando fazer, a frequência recomendada e os riscos de negligenciar esses cuidados.

1. Papanicolau (preventivo do câncer do colo do útero)
- Idade recomendada: Mulheres entre 25 e 64 anos que já tiveram relação sexual.
- Frequência: Anual nos dois primeiros anos. Se ambos os resultados forem normais, o exame passa a ser feito a cada três anos.
- Por que é essencial: Detecta lesões pré-cancerosas causadas pelo HPV, evitando a progressão para o câncer de colo do útero.
- Riscos de não fazer: O câncer pode evoluir de forma silenciosa, só dando sinais em estágios avançados, com risco aumentado de morte.
2. Mamografia (rastreamento do câncer de mama)
- Idade recomendada: De 50 a 69 anos, a cada dois anos, segundo o Ministério da Saúde. Sociedades médicas, como a Sociedade Brasileira de Mastologia, sugerem começar aos 40.
- Frequência: A cada dois anos ou anualmente, dependendo do histórico pessoal e familiar.
- Por que é essencial: É a principal ferramenta para detectar o câncer de mama nas fases iniciais, quando as chances de cura ultrapassam 90%.
- Riscos de não fazer: O câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil. O diagnóstico tardio significa tratamentos mais agressivos e menor chance de cura.

3. Ultrassonografia transvaginal
- Idade recomendada: A partir dos 30 anos, especialmente se houver sintomas como dor pélvica, sangramentos ou histórico familiar de doenças ginecológicas.
- Frequência: Anualmente ou conforme indicação médica.
- Por que é essencial: Ajuda a identificar miomas, cistos, endometriose e até câncer de ovário e útero nas fases iniciais.
- Riscos de não fazer: O atraso no diagnóstico pode levar à perda de qualidade de vida, complicações na fertilidade e detecção tardia de cânceres ginecológicos.
4. Densitometria óssea
- Idade recomendada: A partir dos 50 anos, ou antes, em casos de menopausa precoce, histórico familiar, uso de corticoides, sedentarismo, tabagismo ou alcoolismo.
- Frequência: A cada dois anos, ajustada conforme risco individual.
- Por que é essencial: Avalia a densidade dos ossos e permite diagnosticar osteoporose ou osteopenia antes que ocorram fraturas.
- Riscos de não fazer: Osteoporose não tem sintomas até a primeira fratura, que pode gerar limitações físicas graves e perda de autonomia.
5. Exames cardiovasculares
- Idade recomendada: A partir dos 40 anos, ou antes, em mulheres com histórico de hipertensão, colesterol alto, diabetes, tabagismo ou histórico familiar de doenças cardíacas.
- Frequência: Anual. Inclui aferição de pressão arterial, colesterol, eletrocardiograma, e, se necessário, teste ergométrico ou ecocardiograma.
- Por que é essencial: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte de mulheres no Brasil e no mundo, superando até o câncer.
- Riscos de não fazer: Infartos e AVCs podem ocorrer de forma súbita. A ausência de acompanhamento impede a detecção de fatores de risco tratáveis.
6. Exames laboratoriais gerais
- Incluem: Glicemia, colesterol, triglicerídeos, função renal, função hepática, hormônios da tireoide, ferritina, vitamina D, hemograma e outros conforme o quadro clínico.
- Idade recomendada: A partir dos 35 anos, ou antes, caso existam fatores de risco como obesidade, sedentarismo, tabagismo ou histórico familiar.
- Frequência: Pelo menos uma vez ao ano.
- Por que é essencial: Permite monitorar o funcionamento geral do organismo e detectar precocemente diabetes, disfunções hormonais, anemia, colesterol alto e outras condições silenciosas.
- Riscos de não fazer: Problemas que poderiam ser tratados facilmente se tornam doenças crônicas com risco de complicações graves.

7. Exame de sangue oculto nas fezes e colonoscopia
- Idade recomendada: A partir dos 50 anos, ou antes, em caso de histórico familiar de câncer colorretal.
- Frequência: O sangue oculto nas fezes deve ser feito anualmente. A colonoscopia, a cada 10 anos, podendo ser antecipada conforme risco individual.
- Por que é essencial: Detecta pólipos e lesões pré-cancerosas no intestino, evitando o desenvolvimento do câncer colorretal.
- Riscos de não fazer: O câncer de intestino é o segundo que mais mata no Brasil. O diagnóstico tardio reduz muito as chances de cura.