8 cuidados para quem tem alergia à maquiagem

Veja dicas para prevenir reações alérgicas nos olhos relacionadas à maquiagem

24/11/2025 15:16

O Brasil se destaca como um dos maiores mercados de cosméticos do mundo, ocupando posições entre a terceira e a quarta colocação global, dependendo da fonte e do período analisado. Nesse cenário, o uso diário de maquiagem tornou-se um hábito amplamente difundido entre as brasileiras.

Contudo, pesquisas revelam que reações alérgicas relacionadas a produtos de maquiagem podem atingir entre 30% e 77% das mulheres. Os itens voltados para a região dos olhos aparecem como os principais responsáveis por esses casos, liderando o ranking de alergias associadas ao uso desses cosméticos.

Veja dicas para prevenir reações alérgicas nos olhos relacionadas à maquiagem
Veja dicas para prevenir reações alérgicas nos olhos relacionadas à maquiagem

Segundo a oftalmologista Maria Beatriz Guerios, além da sensibilidade natural dos olhos e da delicadeza pele das pálpebras, alguns produtos podem conter substâncias que são altamente irritantes. “As maquiagens como sombras, lápis e delineadores podem conter metais pesados em suas fórmulas, especialmente os coloridos e brilhantes. Entre os metais estão o alumínio, cobalto, níquel, cromo e chumbo”.

“Além dos metais, muitas maquiagens precisam de conservantes, para aumentar a validade. Uma desses conservantes é o timerosal, uma forma de mercúrio com alto risco de desencadear reações alérgicas nos olhos e nas pálpebras”, alerta a oftalmologista.

Reações alérgicas à maquiagem podem ser imediatas ou tardias

Um ponto importante de atenção, segundo oftalmologista Maria Beatriz, é que nem sempre as reações alérgicas aparecem no momento do uso da maquiagem. “A mulher deve ficar atenta aos sinais e sintomas que podem surgir logo após a aplicação de certas maquiagens. Entretanto, a alergia pode se manifestar mais tardiamente”.

Veja abaixo as manifestações que têm relação com uso de maquiagem:

  • Ardência;
  • Vermelhidão;
  • Coceira;
  • Lacrimejamento;
  • Inchaço;
  • Surgimento de bolhas ou erupções na pele das pálpebras.

Maquiagem para quem tem alergia

Apesar do risco das alergias, a boa notícia é que hoje existem inúmeros produtos no mercado que reduzem a chance de a mulher apresentar reações alérgicas. Além disso, há cuidados importantes que também ajudam a realçar a beleza e que contribuem na prevenção de alergias e outros problemas.

Abaixo, a  oftalmologista Maria Beatriz Guerios compartilha 8 de cuidados para quem tem alergia à maquiagem

1 – Escolha produtos hipoalergênicos e oftalmologicamente testados

No momento da compra de maquiagem, especialmente para os olhos, é crucial ler o rótulo e checar se o produto é hipoalergênico e testado por oftalmologistas. Naturalmente, esses produtos têm um valor mais elevado. Contudo, trata-se de uma questão de proteger a saúde, bem como ter certeza sobre a procedência da maquiagem. Entre os produtos estão:

  • Lápis de olho;
  • Delineadores;
  • Corretivos;
  • Sombras;
  • Rímel.

2 – Evite maquiagem nas bordas internas dos olhos

As margens das pálpebras é aquela linha em que as mulheres aplicam lápis e delineadores. Entretanto, é justamente nessas bordas que ficam as glândulas que produzem a parte oleosa que participa da lubrificação dos olhos.

Sendo assim, o ideal para quem alergia ou blefarite (inflamação nessas glândulas) é evitar aplicar lápis e delineadores no dia a dia. A dica é reservar esses produtos para ocasiões especiais. Outro cuidado importante é escolher produtos com fórmulas mais leves e que não sejam à prova d’água.

3 – Cuidado com a máscara de cílios

Em relação ao rímel, além de escolher as versões hipoalergênicas, opte pelos que não são a prova d´água. A razão é que esses produtos exigem removedores mais potentes, que podem aumentar a irritação na pele e causar reações alérgicas.

Dica importante: Troque o rímel a cada 3 meses, mesmo que esteja dentro da data de validade. O motivo é que as cerdas acabam acumulando bactérias, que podem agravar alergias e condições como a blefarite.

4 – Mantenha pinceis e esponjas limpos

Os aplicadores de maquiagem, como esponjas e pinceis, acumulam restos de pele e oleosidade. Isso, por sua vez, aumenta o risco da proliferação de micro-organismos, como ácaros Demodex e bactérias.

Como limpar esses objetos? Lave-os com água e xampu neutro infantil. Tire o excesso de água com papel limpo e deixe secar, preferencialmente, ao sol.

5 – Jamais empreste a maquiagem para outra pessoa

A maquiagem é um produto de uso pessoal, já que entra em contato com as mucosas da boca, olhos e com a pele do rosto. Portanto, o compartilhamento pode aumentar o risco de transmissão de bactérias e fungos, por exemplo.

6 – Sempre tire a maquiagem antes de dormir

Quem nunca chegou de um evento ou até mesmo do trabalho muito cansada e deixou de tirar a maquiagem? Mas saiba que isso é um dos maiores erros que se pode cometer. A maquiagem obstrui os poros e pode agravar processos inflamatórios, como a blefarite.

Portanto, sempre remova a maquiagem, dando preferência aos demaquilantes suaves ou à água micelar. Evite removedores à base de óleo. Finaliza a higiene com água morna.

Dica: Na presença de blefarite, faça também a higiene das pálpebras.

7 – Escolha sombras cremosas ou compactas

Para quem tem alergia, as sombras em pó podem irritar os olhos mais facilmente. Procure sombras cremosas ou compactas, para evitar esse incômodo.

Cuidado: Maquiagens em geral, incluindo sombras, que são brilhantes ou com glitter, são extremamente perigosas para quem é alérgico. Além disso, possuem metais em sua composição. Evite usar e reserve esses produtos para ocasiões especiais.

8 – Atente-se ao prazo de validade e procedência

Uma última dica importantíssima é se atentar à validade das maquiagens. A recomendação é realizar uma organização dos produtos a cada 3 meses.

Além da validade, também é essencial avaliar se o produto apresenta mudança no cheiro, na textura e em sua forma original. Não use produtos fora da data de validade. Por fim, cuidado com maquiagens sem procedência ou aprovação dos órgãos de vigilância sanitária.