A doença cardíaca invisível que atinge 400 mil brasileiros
Saiba por que a cardiomiopatia é uma doença cardíaca perigosa, como identificá-la e o que fazer para proteger sua saúde

A doença cardíaca conhecida como cardiomiopatia hipertrófica (CMH) afeta silenciosamente o coração de mais de 400 mil pessoas no Brasil, sem apresentar sintomas claros em muitos casos. Trata-se de uma condição genética marcada pelo espessamento do músculo cardíaco, o que prejudica o bombeamento de sangue e pode levar a complicações graves como insuficiência cardíaca, arritmias e até morte súbita.
Embora atinja cerca de 1 a cada 500 pessoas no mundo, a CMH segue sendo amplamente subdiagnosticada: estima-se que até 94% dos casos não são identificados. Isso ocorre porque seus sinais — como palpitações, cansaço excessivo, dor no peito e desmaios — muitas vezes são confundidos com outras doenças cardíacas.
Diagnóstico precoce é a chave para a prevenção
Segundo o cardiologista e especialista em ecocardiografia, Dr. Daniel Rabischoffsky, a realização de exames como o ecocardiograma é fundamental para detectar a CMH. Esse teste consegue visualizar o grau de hipertrofia no coração, sendo essencial para um diagnóstico eficaz.
A CMH é hereditária. Por isso, o rastreamento em parentes de primeiro grau de pacientes já diagnosticados é altamente recomendado. “O diagnóstico precoce permite acompanhar de perto o desenvolvimento da doença e evitar complicações sérias”, afirma o médico.
Com o avanço da medicina, novas terapias passaram a tratar diretamente a causa da cardiomiopatia hipertrófica, o que melhora a qualidade de vida dos pacientes. Em casos mais complexos, pode ser necessário o uso de desfibriladores implantáveis ou até procedimentos cirúrgicos específicos.

Informação que pode salvar vidas
Apesar de silenciosa, a CMH é uma doença cardíaca traiçoeira e potencialmente fatal. Consultas regulares com cardiologistas e check-ups preventivos são medidas fundamentais, especialmente para quem tem histórico familiar de doenças no coração.
“Não ignore sintomas que parecem simples. Um simples exame pode fazer toda a diferença”, alerta Dr. Rabischoffsky.
Correr faz bem ao coração
Um estudo recente aponta que o hábito de correr regularmente reduz significativamente os riscos de doenças cardíacas. A prática melhora a circulação, fortalece o músculo cardíaco e ajuda no controle da pressão arterial. Especialistas recomendam a corrida como forma eficaz de prevenção cardiovascular, mesmo em intensidade moderada. Clique aqui para saber mais.