Açúcar aumenta consideravelmente o risco de pedra nos rins

Estudos recentes apontam que o açúcar, ao contrário do que espera, pode ser o grande responsável pela condição

Por André Nicolau em parceria com Anna Luísa Barbosa (Médica - CRMGO 33271)
17/12/2024 23:00

Ao contrário do que esperava, condição está associada a alto consumo de açúcar – Prostock-Studio/istock
Ao contrário do que esperava, condição está associada a alto consumo de açúcar – Prostock-Studio/istock - Prostock-Studio/istock

Por muito tempo, o sal levou a fama quando o assunto era a formação de cálculos renais. No entanto, a ciência vem revelando um novo culpado – e ele é bem mais doce do que imaginamos.

Estudos recentes apontam que o açúcar adicionado pode ser o grande responsável por esse problema doloroso, aumentando em impressionantes 88% as chances de desenvolver pedras nos rins.

O impacto doce e perigoso do açúcar

Imagine uma rotina diária onde 25% das calorias consumidas vêm de açúcares adicionados – refrigerantes, doces e alimentos ultraprocessados.

De acordo com as pesquisas, esse cenário praticamente triplica o risco de cálculos renais em comparação a quem mantém o consumo de açúcar abaixo de 5%. O mecanismo?

O excesso de açúcar provoca um aumento dos níveis de cálcio na urina, um dos principais elementos que favorecem a formação das temidas pedras, especialmente em pessoas predispostas ao problema.

Pedras nos rins: prevenindo o problema no dia a dia

A boa notícia é que as pedras podem ser evitadas – e a solução está no equilíbrio. Reduzir drasticamente os açúcares adicionados é o primeiro passo. Substitua bebidas açucaradas por água, aumente o consumo de alimentos naturais e mantenha-se sempre hidratado. A água, aliás, funciona como um “detergente” natural, diluindo substâncias que poderiam se acumular e formar os cálculos.

Portanto, ao olhar para sua saúde renal, o recado é claro: menos açúcar, mais equilíbrio. Não deixe o doce sabor do açúcar transformar-se em uma amarga dor renal.

Outras dicas de saúde na Catraca Livre: 

Cuidar da alimentação é a melhor receita para uma vida saudável. A nova recomendação alimentar da Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece diretrizes sobre a ingestão de carboidratos e gorduras, ajustadas conforme a idade.

Para a ingestão total de gorduras, o limite permanece em até 30% das calorias diárias consumidas.

A partir dos 2 anos de idade, é importante dar preferência às gorduras insaturadas, encontradas em alimentos de origem vegetal, como azeite, abacate, nozes e similares. Saiba o que define uma dieta saudável, de acordo com a OMS.