Adotar um cachorro pode ajudar a prevenir a depressão, indica Harvard
Ligação afetiva com os bichos, especialmente com cães, mostrou-se um poderoso aliado na prevenção de transtornos mentais
Uma pesquisa inovadora realizada por especialistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, revelou um dado surpreendente: mulheres de meia-idade e idosas que compartilham um forte vínculo com seus animais de estimação, especialmente cachorros, são menos propensas a sofrer com ansiedade e depressão.
O estudo contou com a participação de 214 mulheres, com idade média de 60,8 anos. Entre elas, 140 possuíam pets, enquanto as demais, 74, não conviviam com animais de estimação.
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Cachorros: aliados na luta contra a depressão
Para compreender essa relação, os pesquisadores aplicaram dois questionários detalhados sobre sintomas de ansiedade e depressão. As mulheres que possuíam animais de estimação responderam ainda a perguntas específicas sobre o impacto emocional dessa convivência.
Foi nesse contexto que os cientistas identificaram um padrão fascinante: a ligação afetiva com os bichos, especialmente com cães, mostrou-se um poderoso aliado na prevenção de transtornos mentais. A descoberta foi ainda mais marcante entre mulheres que enfrentaram traumas na infância, como episódios de abuso.
“Quanto maior o vínculo emocional com o animal, menor a chance de desenvolver ansiedade ou depressão”, afirmou Eva Schernhammer, epidemiologista e coautora do estudo, em entrevista ao The Harvard Gazette.
E os gatos? Uma questão em aberto
Embora 56% das mulheres com pets tivessem cães e apenas 33% criassem gatos, os felinos não apresentaram o mesmo impacto positivo na saúde mental de suas donas. Esse resultado intrigou os especialistas, que destacaram a necessidade de novos estudos para compreender a diferença entre os benefícios proporcionados por cães e gatos.
Enquanto isso, os cachorros seguem firmes como companheiros terapêuticos, provando que o amor incondicional pode, de fato, ser um remédio poderoso para a alma.