Alergia alimentar: Cientistas descobrem o que pode curar a doença

Cientistas norte-americanos se veem diante de um dilema para cravar cura contra alergia alimentar; entenda o motivo

29/10/2023 04:00

Cientistas norte-americanos encontraram potencial cura para alergia alimentar; desafio é acabar com cheiro de composto usado na produção do remédio – iStock/Getty Images
Cientistas norte-americanos encontraram potencial cura para alergia alimentar; desafio é acabar com cheiro de composto usado na produção do remédio – iStock/Getty Images - Getty Images/iStockphoto

Perante um dilema intrigante, cientistas norte-americanos se veem diante de uma situação animadora e ao mesmo tempo desafiadora. Isso porque um grupo de especialistas de Chicago, nos Estados Unidos, descobriram uma potencial cura para alergias alimentares, mas enfrentam um obstáculo: o composto em questão possui cheiro e sabor difíceis de tolerar.

Por meio de um composto bacteriano conhecido como butirato, o procedimento apresentou resultados promissores no tratamento de alergias ao amendoim, levando os pesquisadores a acreditar que ela pode ser eficaz contra uma variedade de alergias e inflamações causadas por alimentos.

O que mostra a pesquisa?

O butirato foi apontado como uma bactéria crucial para o microbioma intestinal, responsável por manter o revestimento do intestino saudável.

Isso porque, quando o butirato está ausente no estômago de uma pessoa, alimentos parcialmente digeridos acabam sendo eliminados do intestino, desencadeando uma reação imunológica no corpo. Em consequência desse fato, essa resposta imune é a responsável pelos sintomas experimentados durante uma reação alérgica.

Além disso, o estudo também mostra que  butirato desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da tolerância alimentar pelo organismo. Em outras palavras, indivíduos com deficiência dessa bactéria em seu microbioma não conseguem digerir adequadamente certos alimentos.

Cientistas testam alternativa para driblar o cheiro

A forma mais viável de tratamento em casa seria o desenvolvimento de uma pílula capaz de fornecer a substância ao corpo. O desafio reside em disfarçar o cheiro, frequentemente descrito como semelhante ao de fezes de cachorro ou manteiga rançosa.

Por isso, a equipe de cientistas criou um sistema de entrega utilizando uma substância química chamada butanoiloxietil metacrilamida, que pode ser capaz de mascarar o odor desagradável e o sabor do medicamento, tornando-o palatável para o consumo.